Membros de partidos políticos de esquerda e movimentos sociais que foram às ruas de Buenos Aires nesta quarta-feira (20) leram uma carta de protesto que unia todas as suas reivindicações. O documento, nomeado “Abaixo o plano motosserra de Milei e do FMI“, critica a proposta do presidente que inclui desvalorização da moeda, redução de subsídios e cortes de gastos públicos.
Os manifestantes também fizeram fortes críticas ao protocolo antipiquetes implementado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que foi acusada de “criminalizar o protesto social”.
Após a leitura do documento final, a desconcentração começou na praça de Maio. Os manifestantes que recuam pelas diagonais Norte e Sul o fazem caminhando pelas ruas, que estão completamente bloqueadas.
O ato desta quarta-feira foi a primeira mobilização contra o governo de Javier Milei. Os manifestantes são contrários ao pacote de medidas econômicas anunciado pela nova gestão em 12 de dezembro e ao protocolo antimanifestações criado por Patricia Bullrich.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
No último dia 14, a ministra anunciou que serão impostas “severas penalidades” àqueles que obstruírem a “livre circulação”. O protocolo abrange quem transporta, organiza e financia os protestos. A Justiça recusou pedidos de um habeas corpus preventivo, dando aval para que o protocolo fosse posto em prática.
Além de protestarem contra as medidas anunciadas por Milei, os manifestantes marcharam em memória dos protestos de 19 e 20 de dezembro de 2001, contra a crise econômica. Na ocasião, 39 pessoas morreram, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Argentina.
Argentina: manifestantes desafiam governo Milei e começam a se aglomerar para ato com até 40 mil