Mais de 32 mil refugiados chegaram às Ilhas Canárias este ano – EERBONUS
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Mais de 32 mil refugiados chegaram às Ilhas Canárias este ano

O trajeto entre a África e as Ilhas Canárias, na Espanha, é um dos mais mortais do planeta. Mesmo pondo a própria vida em risco, mais de 32 mil africanos buscaram refúgio no arquipélago este ano. Há décadas, o local é usado como um trampolim para a Europa. 

O número recorde de 2023 supera a maior crise migratória já registrada, em 2006, quando 31.678 migrantes desembarcaram nas ilhas.

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Em pequenos barcos de madeira, os africanos partem da Gâmbia, Mauritânia, Marrocos e do Sahara Ocidental. Mas a maioria deles sai do Senegal.

Na esperança de viver um sonho europeu, eles embarcam em velhos barcos de pesca artesanal dispostos a enfrentar fome, frio e sede, além do medo; o ambiente é sempre perigoso e completamente insalubre. 

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De acordo com dados do Ministério do Interior da Espanha, pelo menos 32 mil pessoas desembarcaram nas Ilhas Canárias entre janeiro e novembro deste ano.

Contrabandistas do Senegal recebem dinheiro de jovens que procuram no Continente Europeu alguma oportunidade de trabalho, algo que os livre da miséria no seu país de origem.

Durante uma semana, o grupo navega contra o vento por cerca de 1,6 mil quilômetros. Os migrantes dão muita sorte quando barcos não naufragam ou desaparecem no Atlântico. Para evitar o controle fronteiriço ao longo da costa, os contrabandistas percorrem trajetos mais longos e arriscados.

Mais de 500 mortos em alto-mar

Mais de 500 pessoas morreram na rota entre o litoral africano e as Ilhas Canárias somente este ano
| Foto: Reprodução/X

Antigo símbolo de estabilidade democrática na África, o Senegal enfrenta uma crise sociopolítica, desemprego e inflação, especialmente de alimentos, levando milhares a abandonarem o país.

Sem saber mais como lidar com a chegada dos senegaleses, o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, esteve em Dakar, na última semana. Ele pressionou o governo a encontrar formas de impedir a saída dos barcos.

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O apelo foi também para evitar mais mortes em alto-mar. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, pelo menos 512 pessoas morreram nesta rota somente este ano.

A Espanha designou 40 agentes da polícia e da guarda civil, quatro barcos, um helicóptero e uma aeronave para monitorizar a costa do Senegal e reprimir as redes de contrabando. 

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