O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai começar a emitir permissões para explorar petróleo e gás em Essequibo, na Guiana. Ele externou a ameaça nesta terça-feira, 5.
O anúncio aconteceu depois de um referendo feito pela ditadura venezuelana. Segundo o referendo, não reconhecido pela comunidade internacional, a população da Venezuela apoiou a ideia de invadir a província da Guiana — a área que engloba toda a margem esquerda do Rio Essequibo, que dá nome à região.
Maduro também anunciou sua intenção de começar a exploração do local. O ditador também disse que vai criar uma unidade militar, a fim de cuidar do território em disputa — e que o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que não abrirá mão.
Durante a mesma coletiva, o ditador da Venezuela apresentou um novo mapa da Venezuela. A arte exibida por Maduro incluía justamente o território de Essequibo como parte do país andino.
Maduro ameaça invadir Essequibo para explorar produção de gás e óleo
Ainda no anúncio, Nicolás Maduro disse que vai começar a distribuir os direitos de exploração de petróleo e gás de Essequibo. A distribuição, conforme ocorre no regime bolivariano em outros setores, ocorrerá somente para empresas estatais.
O ditador também deu três meses para que as empresas exploradoras de recursos naturais encerrassem suas atividades na região de Essequibo. Algumas companhias, como a norte-americana Exxon Mobil, foram as responsáveis por descobrir grandes campos de petróleo na região.
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Desde setembro, o governo da Guiana está distribuindo a empresas os direitos de exploração ao local.
A movimentação por parte de Maduro também já deixou o Brasil em alerta. Nesta semana, o Exército anunciou que vai enviar blindados para Roraima. O Estado da Região Norte fica justamente na fronteira brasileira com a Venezuela e a Guiana.
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