Lisboa acolherá representantes globais na Cimeira Mundial sobre Hepatite 2024 agendada para a próxima semana. No evento na capital portuguesa, será apresentado o primeiro relatório sobre a hepatite viral.
Os principais tópicos incluem cobertura de serviços, acesso a produtos e dados atualizados sobre a ação em curso para travar esta inflamação do fígado. A doença é causada por um vírus e leva a vários problemas de saúde, alguns dos quais fatais.
Perspectivas regionais e medidas viáveis
A Organização Mundial da Saúde, OMS, avançou que a pesquisa inclui etapas para planear o combate à doença. O relatório fará uma consolidação da epidemiologia da hepatite viral com base em dados de 187 países.
A proposta da agência é promover os aspectos regionais e medidas viáveis para fortalecer as intervenções contra a doença, enfatizando a importância de se aproveitar as lições obtidas da resposta à Covid-19.
Outra expetativa da OMS é que os especialistas globais e gestores de programas dos Ministérios da Saúde discutam os avanços na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da hepatite viral.
Eliminar a hepatite viral até 2030
Os participantes na reunião global partilharão dados atuais sobre “abordagens inovadoras com vista a aumentar os serviços de hepatite viral e abordarão o estigma e a discriminação, com o objetivo de eliminar a hepatite viral até 2030”.
O evento contará ainda com uma nova publicação da Aliança Mundial contra a Hepatite e do Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças, Edsc, que avaliará os níveis de estigma e discriminação associados à hepatite na Europa.
Para a eliminar a doença, a OMS defende que seja combatido o estigma em torno da hepatite através de uma aposta das autoridades tendo políticas e mudanças estruturais como fator-chave.
1 milhão de mortes ao ano
A parceria para realizar a Cimeira Mundial da Hepatite 2024 envolve a Aliança Mundial contra a Hepatite e o Ministério da Saúde de Portugal. Um dos pilares é a defesa do apoio para que os países alcancem as metas pelo fim da hepatite viral.
Centenas de milhões de pessoas vivem com o problema que causa 1 milhão de mortes ao ano. A infeção pode ser seguida de uma hepatite aguda e complicações com potencial de causar o câncer do fígado e a cirrose.
A OMS destaca que o mundo está no rumo certo para eliminar a doença porque existe a vacina, o tratamento eficaz para a hepatite B e a cura para a hepatite C.