Leverkusen caminha para se livrar da alcunha Neverkusen – 13/03/2024 – O Mundo É uma Bola – EERBONUS
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Leverkusen caminha para se livrar da alcunha Neverkusen – 13/03/2024 – O Mundo É uma Bola

Fundado em 1904, o Bayer Leverkusen é um dos clubes mais conhecidos e tradicionais da Alemanha.

Traz consigo faz algum tempo, entretanto, um apelido depreciativo: Neverkusen. A troca do “L” pelo “N” faz o nome do time ter até a metade a palavra inglesa “never”, que significa “nunca”.

A alcunha, criada pela mídia inglesa, data de 2002, quando o Leverkusen esteve muito perto de ganhar três campeonatos, o Alemão, a Copa da Alemanha e a Champions League, sucumbindo na decisão nos dois últimos.

Ademais, de 1997 a 2002, o time da cidade situada no oeste da Alemanha e fundado por membros de uma empresa farmacêutica (aquela do slogan “se é Bayer, é bom”), acumulou quatro vice-campeonatos da Bundesliga –o título em 2000 foi perdido na rodada derradeira.

Assim, apesar de ser geralmente um time bom, chegou no máximo a vice da principal competição do país, não atingindo o patamar de ótimo ou excelente.

O “nunca” refere-se primordialmente ao fato de o Leverkusen jamais ter conseguido, em toda a sua história, faturar o campeonato nacional –disputou a divisão de elite pela primeira vez em 1951.

Suas maiores conquistas até hoje são a Copa da Alemanha em 1993 e a Copa da Uefa em 1987, quando o meia-atacante brasileiro Tita (campeão do Mundial interclubes com o Flamengo de Zico em 1981) fez gol na decisão contra o Español, da Espanha.

Neste ano, contudo, o Leverkusen tem tudo para se livrar do nefasto Neverkusen.

Dirigido com competência pelo técnico espanhol Xabi Alonso (ex-volante de Liverpool, Real Madrid e Bayern de Munique e campeão com a Espanha na Copa do Mundo de 2010), aos 42 anos um novato na profissão, o time tem dez pontos de distância (67 a 57) para o Bayern faltando nove rodadas para o final da Bundesliga.

Tem muito campeonato ainda? Sim, cerca de um quarto, e há sempre o Botafogo de 2023 a ser lembrado –sucumbiu no Brasileiro após uma vantagem de 13 pontos.

E ter na perseguição o gigantesco Bayern, único campeão da Bundesliga desde 2012 (11 títulos consecutivos), não deixa ninguém totalmente tranquilo.

Porém a solidez mostrada até aqui pelo Leverkusen (zero derrota e a melhor defesa do campeonato), somada à inconstância do Bayern (que empatou um jogo e perdeu outro diante do líder, ou seja, não há mais confronto direto), faz muita gente acreditar que “desta vez vai”.

A temporada impressiona. O Leverkusen detém uma invencibilidade de 40 partidas (35 vitórias e 5 empates), iniciada no dia 2 de agosto de 2023, incluindo Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Liga Europa e amistosos. São mais de nove meses sem perder.

Na semana passada, a equipe esteve pertíssimo de ter a série quebrada na Liga Europa, no jogo de ida das oitavas de final, em Baku (Azerbaijão), contra o Qarabag. Perdia por 2 a 1 até os acréscimos do segundo tempo, quando o centroavante tcheco Patrik Schick empatou.

Além de Schick, os principais destaques do elenco são os alas Frimpong (holandês) e Grimaldo (espanhol), os meias Wirtz e Hoffman (alemães), o goleiro Hradecky (finlandês), o zagueiro Tah (alemão) e o atacante Boniface (nigeriano).

A fase definitivamente é boa, a confiança está nas alturas, e é preciso que a “entidade” Neverkusen aja de maneira arrasadora para impedir que ela própria se transforme, daqui a algumas semanas, em uma expressão pretérita.

Em tempo: O Leverkusen conta com um brasileiro, o lateral direito Arthur, 20, ex-América-MG e seleção sub-20. Ele quase não foi utilizado por Xabi Alonso, devido a seguidas lesões: atuou em só três partidas na temporada, como substituto, sempre em agosto de 2023, em um total de 54 minutos.


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