Jornalista somali recebe Prêmio Nansen para Refugiados – EERBONUS
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Jornalista somali recebe Prêmio Nansen para Refugiados

A Agência da ONU para os Refugiados, Acnur, atribuiu o Prêmio Nansen 2023 ao ex-refugiado e jornalista somali Abdullahi Mire.

Ele receberá o reconhecimento global deste ano por defender o direito à educação e ter oferecido 100 mil livros a crianças refugiadas no Quênia. O prêmio da agência da ONU é atribuído a indivíduos, grupos e organizações que protegem refugiados, deslocados internos e apátridas.

O ativista e jornalista refugiado Abdullahi Mire (à esquerda), ganhador do Prêmio Nansen para Refugiados do Acnur de 2023, distribui livros a estudantes refugiados numa escola secundária em Dadaab, no Quênia

Ideias transformadoras

A entrega do Prêmio Nansen para Refugiados do Acnur acontecerá em Genebra durante o Fórum Global de Refugiados em 13 de dezembro.

Ao anunciar os vencedores, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, considerou Abdullahi Mire “a prova viva de que ideias transformadoras podem surgir nas comunidades deslocadas”.

O chefe do Acnur elogiou ainda a expressão de “grande desenvoltura e tenacidade no fortalecimento da qualidade da educação dos refugiados.”

Mire nasceu na Somália e cresceu no acampamento de refugiados de Dadaab, no Quênia. Mais tarde, ele foi reassentado na Noruega, mas retornou à comunidade onde cresceu atuando como jornalista e criando o Refugee Youth Education Hub.

Abdullahi Mire apoia iniciativas educativas no complexo de refugiados de Dadaab, no nordeste do Quênia

Abdullahi Mire apoia iniciativas educativas no complexo de refugiados de Dadaab, no nordeste do Quênia

Oportunidades de aprendizagem

A iniciativa liderada por refugiados abriu três bibliotecas nos acampamentos do Quênia. Os locais foram equipados com livros doados que permitiram “oportunidades de aprendizagem para dezenas de milhares de crianças e jovens deslocados.”

O homenageado disse partilhar sua vitória com todos os voluntários com quem trabalha e com as crianças nas escolas.

O evento do Acnur também reconhece iniciativas regionais. Entre elas estão a ativista colombiana Elizabeth Moreno Barco, vencedora pelas Américas, e a iemenita Asia Al-Mashreqi pelo Médio Oriente e Norte de África.

Na Asia e Pacífico, a distinção foi para o quarteto da minoria rohingya formado por Abdullah Habib, Sahat Zia Hero, Salim Khan e Shahida Win  por terem documentado experiências dos refugiados e apátridas. Por fim, o casal polonês Lena Grochowska e Władysław Grochowski  foi selecionado pela atuação na Europa.

No ano passado, a laureada global pelo Prêmio Nansen para Refugiados foi a ex-chanceler alemã Angela Merkel. A iniciativa do Acnur foi criada em 1964.

FONTE

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