O presidente da Argentina, Javier Milei, enviou uma carta à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para solicitar formalmente o início das negociações de adesão, pedindo que isso seja feito “o mais rápido possível”, segundo três fontes.
Milei disse em uma carta — datada de 11 de dezembro, mas enviada à organização, com sede em Paris, nesta quarta-feira (13) — que o país pretende “retomar ativamente” o processo de se tornar um membro da OCDE. A Argentina também está disposta a “cumprir as etapas futuras do roteiro” de adesão, diz a carta vista pela Reuters.
O país se candidatou pela primeira vez a membro da OCDE em 2016, durante o governo de Mauricio Macri, mas decidiu congelar o processo de candidatura depois que o presidente Alberto Fernández assumiu o cargo, em 2019.
A carta é uma resposta a outra que a OCDE enviou no final de novembro ao então governo eleito, que convidou formalmente a Argentina a seguir os passos para iniciar o processo de adesão, disseram duas das fontes, que pediram para não ser identificadas, porque as conversas são privadas.
Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores da Argentina, conduzirá as discussões da OCDE, de acordo com a carta de duas páginas assinada por Milei e com o selo presidencial.
Um porta-voz de Milei não respondeu a um pedido de comentário.
“Será um procedimento extremamente longo e difícil. Mas temos de obedecer às regras de países muito mais desenvolvidos do que nós”, disse Mondino à Reuters em uma entrevista em 4 de dezembro.
Em janeiro de 2022, a OCDE também convidou Brasil, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia para iniciar o processo de adesão à organização. O Brasil apresentou um memorando inicial de adesão há mais de um ano, um passo adiante, que a Argentina ainda não deu.
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