Após atingir ambulâncias que transportavam pacientes do Hospital Al-Shifa, Israel intensificou seus bombardeios a Gaza e atingiu escolas, mesquitas e outros hospitais. As informações são da mídia árabe Al Jazeera.
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De acordo com a mídia, na manhã de sábado (4), a escola Al-Fakhoora, administrada pela UNRWA (Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos) no campo de refugiados de Jabalaia, foi atingida por um míssil israelense. O ataque resultou em 15 mortos e 54 feridos, segundo informações do Ministério da Saúde palestino.
O local foi refúgio de inúmeros desabrigados devido aos bombardeios que vêm ocorrendo desde o último mês.
O bombardeio aconteceu horas após um ataque à escola Osama bin Zaid, que também abrigava famílias refugiadas, na região de al-Saftawi, ao norte da Cidade de Gaza, e resultou na morte de 20 pessoas.
Este é o terceiro grande ataque ao campo de Jabalia. A previsão, segundo o diretor do Hospital Al-Shifa, Muhammad Abu Silmeyeh, é de que haja um aumento no número de mortos. Segundo o Ministério da Saúde palestino, cerca de 2.200 pessoas, incluindo 1.250 crianças, estão soterradas sob os escombros de Gaza.
Quanto aos hospitais, a mídia local reporta que o Hospital Infantil al-Nasser, no oeste da cidade de Gaza, também foi atacado.
As redes de energia solar que abastecem os hospitais foram atacadas, assim como os painéis e geradores que fornecem luz ao Hospital Al-Wafa. Esse ataque resultou em um incêndio no pátio das instalações, que logo foi controlado pelos bombeiros.
Residências com painéis solares e tanques de água que abasteciam parte da população foram afetados pelo armamento, assim como as mesquitas Ali bin Abi Talib e Al-Istijabah.
À Al Jazeera, o professor de políticas públicas do Instituto de Pós-Graduação de Doha, Tamer Qarmout, explicou que os bombardeios constituem uma estratégia de guerra de Israel para que todos os civis se dirijam para o sul.
“Então o que eles [o Exército de Israel] estão fazendo é privar os civis retidos no norte de Gaza de qualquer meio de vida. Assim, atingiram tanques de água, instalações civis, hospitais e até escolas da UNRWA onde as pessoas se refugiavam. Em breve, as pessoas não terão outra opção senão ir para o sul.”
Qarmout afirma que, anteriormente, os palestinos tentaram se dirigir àquela direção, porém, com a estrada bombardeada e falta de corredores humanitários, eles não se sentem seguros para seguir.