Os ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro de 2023, trauma nacional cuja data se tornou quase um substantivo no país, prenunciaram uma guerra na Faixa de Gaza que, em poucos dias, mostrou seu potencial desolador de destruição, em especial para os civis palestinos.
O território logo se somou a outras frentes abertas por rivais de Israel apoiados pelo Irã, o grande inimigo do Estado judeu. Estava dado o cenário temerário: salvo tréguas pontuais e a ideia cada vez mais distante de um cessar-fogo geral, o conflito continuaria a se desdobrar até chegar à antecipada e explosiva guerra regional de hoje, que envolve diretamente uma série de atores.
Já são cerca de 42 mil palestinos mortos em Gaza. O número, divulgado por autoridades locais, ligadas ao Hamas, inclui por volta de 17 mil terroristas, segundo Israel. Além dos cerca de 1.200 mortos israelenses nos ataques da facção palestina, há ainda 97 sequestrados sob poder do Hamas, dos quais supõe-se que apenas 64 estejam vivos.
Entre foguetes lançados por rebeldes iemenitas houthis, também aliados do Irã, em navios no mar Vermelho e a violência de colonos israelenses na Cisjordânia, a região completa um ano de guerra talvez em seu momento mais volátil.
Se a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, a invasão israelense no sul do Líbano e o revide de Teerã com cerca de 200 mísseis lançados contra Israel acabaram com as dúvidas sobre o status amplificado do conflito, também criaram uma grande interrogação sobre quais serão os próximos capítulos dele —e quem os escreverá.
Com bases por todo o Oriente Médio, os Estados Unidos mantêm-se ao lado de Israel. O governo de Binyamin Netanyahu tem como objetivos a destruição do Hamas e o enfraquecimento do Hezbollah —ao menos a ponto de assegurar o retorno de habitantes retirados da área de fronteira com o Líbano.
Veja abaixo infográficos sobre a guerra no Oriente Médio um ano após os ataques do Hamas.