A polícia da Alemanha matou a tiros um homem que havia aberto fogo perto de um consulado de Israel em Munique nesta quinta-feira (5), disse Joachim Herrmann, ministro do Interior do estado da Baviera, onde ocorreu o incidente.
De acordo com as autoridades, o agressor era um homem e disparou várias vezes com uma arma de cano longo sem deixar mortos ou feridos. Ele foi atingido pelos agentes de segurança e provavelmente morreu no local. “Agora a identidade do suspeito e suas motivações devem ser esclarecidas”, disse Herrmann.
O consulado fica perto do Centro de Documentação de Munique para a História do Nacional-Socialismo, um museu e instituto de pesquisa que se concentra na história do regime nazista alemão de 1933-45. Antigamente, o local era a sede partido nazista nessa cidade do sul da Alemanha. Após os tiros, um helicóptero da polícia sobrevoou a área.
Não há sinais de outros suspeitos ou incidentes na cidade, afirmou a polícia no X. Segundo o ministro, o ato pode estar relacionado à proximidade do consulado e do centro. Já a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, afirmou que o incidente é grave, mas não quis especular sobre as circunstâncias. “A proteção das instalações israelenses é de máxima prioridade”, disse ela.
Há 52 anos, em 5 de setembro de 1972, acontecia o que ficou conhecido como Massacre de Munique. Naquele dia, membros da organização palestina Setembro Negro assassinaram 11 atletas israelenses nos Jogos Olímpicos que ocorriam na cidade.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, o consulado estava fechado nesta quinta devido ao aniversário do massacre e ninguém da equipe diplomática ficou ferido.
O presidente israelense, Isaac Herzog, agradeceu os serviços de segurança alemães pela “rápida ação”. “No dia em que nossos irmãos e irmãs em Munique se preparavam para homenagear nossos bravos atletas assassinados por terroristas há 52 anos, um terrorista cheio de ódio veio e mais uma vez tentou assassinar pessoas inocentes”, disse o político. “Juntos permanecemos fortes diante do terror.”