O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu o segundo “Dia de Ação”, que antecede a Cúpula do Futuro, neste sábado. Ele fez um apelo à comunidade internacional para renovar o multilateralismo e transformar promessas em ações concretas.
Durante seu discurso, ele afirmou que a adoção do Pacto para o Futuro, aguardada para domingo, “não será o fim da jornada, mas apenas o começo”, adicionando que o próximo passo “é dar vida a essas palavras e colocá-las em prática”.
Sede da ONU durante o início da Cúpula do Futuro.
Multilateralismo inclusivo e ação global
Guterres destacou que o mundo está enfrentando desafios sem precedentes, desde conflitos e desigualdades até as ameaças das mudanças climáticas e tecnologias sem regulação.
Em sua avaliação, a Cúpula do Futuro é “uma resposta direta a esses tempos desafiadores”. Ele enfatizou que os encontros são cruciais para definir o caminho de reformas que melhorem a eficácia e a representatividade das instituições multilaterais.
Guterres lembra que o processo foi iniciado há quatro, em um momento que o mundo estava “em apuros”. O líder da ONU reforçou a necessidade de um multilateralismo mais inclusivo, que envolva não apenas governos, mas também a sociedade civil, o setor privado, acadêmicos e jovens.
Ele afirmou que “o mundo pertence a todos e que as pessoas querem participar das decisões que afetam suas vidas”.
Entre as reformas urgentes apontada, está a modernização do Conselho de Segurança da ONU, a reestruturação das instituições financeiras internacionais para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a ação climática, além de novas regulamentações para o uso do espaço sideral e para lidar com choques globais complexos.
Compromissos futuros
O secretário-geral explicou os três textos – Pacto para o Futuro e os anexos, o Pacto Digital Global e Declaração para as Futuras Gerações – foram redigidos para nortear o futuro. Os documentos buscam estabelecer a base para reformas para garantir um futuro mais justo, seguro e sustentável.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, Philémon Yang, apresentou aos Estados-membros o documento finalizado e pediu suporte para a adoção por consenso do Pacto e seus anexos neste domingo.
Para ele, esse será um momento histórico para renovar o compromisso com um futuro melhor em todo o mundo.