O papa Francisco, que está gripado e por isso tem se afastado de alguns eventos públicos, foi levado a um hospital em Roma para consultas, informou a agência de notícias italiana Ansa na manhã desta quarta-feira (28). Ele já retornou ao Vaticano.
O pontífice de 87 anos havia deixado de participar uma leitura em sua audiência semanal mais cedo. Ao delegar a tarefa a um auxiliar, ele disse aos fiéis que ainda não estava se sentindo bem.
O argentino teve várias questões de saúde recentemente e também cancelou compromissos no sábado (24) e nesta segunda-feira (26) devido ao que o Vaticano chamou de uma gripe leve.
No domingo (25), ele se dirigiu às multidões na praça de São Pedro normalmente para entregar sua mensagem do Angelus.
“Queridos irmãos e irmãs, ainda estou um pouco resfriado”, disse Francisco na audiência desta quarta-feira, anunciando que outra pessoa leria sua catequese sobre a inveja e a vaidade. A leitura era breve, de cerca de uma página.
O papa falou no final da audiência, com a voz rouca e tossindo um pouco, para cumprimentar alguns dos fiéis e fazer apelos pela paz, como de costume. Abordou a Guerra da Ucrânia e também o colapso humanitário no caribenho Haiti.
Em dezembro, ele foi obrigado a cancelar uma viagem para uma reunião da COP28, a conferência sobre mudanças climáticas da ONU, em Dubai, devido aos efeitos da influenza e de uma inflamação pulmonar.
Em janeiro, por sua vez, ele não conseguiu concluir um discurso devido a um quadro de bronquite. Depois, disse que estava melhor apesar de “algumas dores e desconfortos” que sentia.
Quando jovem, ainda em Buenos Aires, Francisco teve parte de um pulmão removido. O papa também tem dificuldade para andar e regularmente usa uma cadeira de rodas ou uma bengala. Na quarta-feira, ele chegou à sua audiência interna em uma cadeira de rodas.
Há ampla expectativa de que ele visite a Argentina ainda neste ano, no que seria sua primeira viagem oficial a seu país desde que assumiu como líder da Igreja Católica em 2013.
O convite foi verbalizado pelo presidente Javier Milei —que durante a campanha desferiu duras criticas ao papa— mais de uma vez, inclusive quando esteve no Vaticano para uma visita.