O governo federal confirmou nesta terça-feira (30) a criação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) e o investimento em um supercomputador para impulsionar pesquisas avançadas. Os anúncios foram feitos durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília (DF).
Criado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) após pedido do presidente Lula no início do ano, o plano contempla a utilização da tecnologia em cinco eixos. Entre eles, destaque para a Infraestrutura e Desenvolvimento de IA e a IA para a Melhoria do Serviço Público e para a Inovação Empresarial.
Desenvolver modelos avançados de linguagem em português, com o uso de dados que incluam as características sociais, culturais e linguísticas do país, fortalecendo a soberania do Brasil em IA, é um dos objetivos da iniciativa. A promoção do uso responsável da tecnologia também está entre as recomendações.
As ações do PBIA abrangem áreas como Saúde, Agricultura, Desenvolvimento Social, Educação, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Indústria, Comércio e Serviços e Defesa, Segurança Pública e Cibernética. Uso da IA no gerenciamento de teleconsultas e diagnósticos médicos, no combate a fraudes financeiras e na prevenção de catástrofes climáticas são alguns exemplos de ações incluídas no plano.
Supercomputador Santos Dumont
Outra das ações definidas no PBIA é o investimento em um supercomputador desenvolvido no Brasil para o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), com capacidade para atender às demandas de pesquisas em IA nacionais. Ele ficará disponível tanto para projetos de iniciativas públicas quanto privadas.
De acordo com o governo, a máquina “será um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo”, contribuindo com a estratégia de equipar o país com infraestrutura tecnológica avançada e de alta capacidade de processamento. A alimentação do equipamento se dará por meio de energias renováveis.
Também dentro do plano nacional de IA existe a proposta de batizar a supermáquina com o nome de Santos Dumont, em homenagem ao inventor do avião. A escolha objetiva estimular o resgate da autoestima criadora do Brasil, relembrando o aeronauta que realizou o primeiro voo autônomo do mundo usando um equipamento mais pesado que o ar.