Para alguns, ele é sinônimo de alegria e de alívio. Para outros, de tristeza e sofrimento.
O gol nos acréscimos tem sido um personagem destacado na Eurocopa da Alemanha, que encerrou sua fase de grupos na quarta-feira (26).
Não somente pela quantidade com que vem ocorrendo, mas pela sua importância para a classificação ou eliminação de seleções.
Dos 81 gols anotados nos 36 jogos da competição, 12, ou 15%, saíram depois que os 45 minutos regulamentares estivessem esgotados –dois no primeiro tempo e dez no segundo tempo, estes geralmente mais dramáticos e decisivos.
Entre eles, um foi determinante para que a delegação da Itália, atual campeã da Eurocopa, não voltasse para Roma precocemente.
A Squadra Azzurra perdia para a Croácia por 1 a 0 até os 52 minutos do segundo tempo do duelo em Leipzig. Foi quando o meia-atacante Zaccagni, que saíra do banco, acertou um belo chute e empatou a partida, que iria até os 53 minutos.
O resultado deixou a Itália com 4 pontos e assegurou sua classificação para as oitavas de final. Se tivesse perdido, os 3 pontos seriam insuficientes para obter uma vaga.
Até porque os italianos seriam ultrapassados pela Croácia, uma das maiores vítimas do gol nos acréscimos neste Europeu de seleções.
No jogo anterior, diante da Albânia, os croatas ganhavam por 2 a 1 até os 49 minutos da segunda etapa. Então levaram o gol do volante Gjasula, para deixarem o campo em Hamburgo incrédulos.
A incredulidade repetiu-se contra a Itália, agravada pela dor da eliminação.
A Croácia, em vez de obter 6 pontos em três jogos, o que asseguraria a classificação com sobras, terminou sua participação com 2 pontos.
Outra equipe que se viu afetada de modo decisivo por gols nos acréscimos foi a da República Tcheca (ou Tchéquia, como o país tem se popularizado).
Na estreia, os portugueses de Cristiano Ronaldo e companhia só venceram porque o reserva Francisco Conceição fez o gol do triunfo por 2 a 1 aos 47 minutos do segundo tempo.
No segundo jogo, contra a Geórgia, a Tchéquia tomou um gol, de pênalti, nos acréscimos do primeiro tempo: Mikautadze, aos 48 minutos. Resultado do confronto: 1 a 1.
Diante da Turquia, na partida final do grupo, os tchecos voltaram a perder por 2 a 1, novamente com gol sofrido com o cronômetro estando além do tempo normal, na segunda etapa. Tosun marcou aos 49 minutos.
Os dois empates que não aconteceram e a vitória que não veio teriam deixado os tchecos com 5 pontos e um lugar garantido nos mata-matas que começam neste sábado (29).
Na Eurocopa alemã, as seleções que mais fizeram gol até agora nos acréscimos são a anfitriã e a turca (duas vezes cada uma). Marcaram uma vez Albânia, Espanha, Geórgia, Hungria, Itália, Portugal, Sérvia e Suíça.
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