O Comitê de Ética da Câmara dos Estados Unidos divulgou um relatório, nesta quinta-feira (16), em que conclui que o congressista republicano de origem brasileira George Santos violou a lei durante a campanha para a eleição legislativa do ano passado e que o político “não é confiável”.
Segundo o documento, a investigação encontrou “evidências contundentes” contra Santos.
O relatório ressalta que Santos “enganou os doadores, fazendo-os fornecer o que eles pensavam ser contribuições para a sua campanha, mas que na verdade eram pagamentos para seu benefício pessoal”.
Segundo a CNBC, o filho de brasileiros teria usado o dinheiro para fazer compras em uma loja de grife e também para pagar por conteúdo adulto em uma plataforma online.
No mês passado, a ex-tesoureira de campanha de Santos, Nancy Marks, se declarou culpada de acusações de fraude no financiamento de campanha de Santos.
O Comitê de Ética enviou o relatório aos membros da Câmara e os orientou “a tomarem todas as medidas que considerem apropriadas e necessárias”.
Além de desviar recursos da campanha, o brasileiro é acusado de mentir em boa parte de sua biografia de campanha, como nome, religião (ele afirmava ser judeu), escolaridade e experiência profissional.
A suspeita de que ele teria assediado sexualmente um homem que buscava emprego em seu escritório de campanha não foi confirmada pelo Comitê de Ética.
O congressista enfrenta acusações criminais de roubo e fraude no tribunal federal de Nova York.
Após a divulgação do relatório, Santos publicou em uma rede social que não vai renunciar ao cargo, mas que também não tentará a reeleição.
Prisão de George Santos: quais são as 13 acusações contra deputado dos EUA de origem brasileira?