Uma sequência de gafes e situações aparentemente embaraçosas envolvendo o presidente dos EUA, Joe Biden, tem sido usada pela campanha do republicano Donald Trump como forma de tentar enfraquecer o rival.
Entre esses episódios, que podem ser relembrados no vídeo acima, um dos que mais repercutiram nas redes sociais ocorreu na última cúpula do G7, na semana passada. No vídeo, gravado no último dia 13, Biden está ao lado dos demais líderes do grupo para assistir a uma apresentação de paraquedismo na Itália, onde ocorria a cúpula dos sete países mais industrializados do mundo, quando começa a se afastar.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, e o presidente da França, Emmanuel Macron, parecem ficar confusos com a atitude do americano e se aproximam dele. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, então, caminha até Biden e toca seu braço, convidando-o com um gesto para acompanhar a fala de um paraquedista.
Em um outro ângulo, é possível ver que Biden havia ido cumprimentar outro paraquedista, que estava atrás dele. No mesmo dia, a Casa Branca criticou a forma como o vídeo foi compartilhado “Eles usam um enquadramento artificialmente estreito para esconder dos espectadores que ele tinha acabado de ver uma demonstração de paraquedismo. Ele está dizendo parabéns e fazendo um sinal positivo”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, pela rede social X.
O episódio, porém, foi suficiente para a campanha do republicano Donald Trump, provável rival do democrata nas eleições de novembro, atacá-lo em um email enviado a jornalistas no dia seguinte. “Joe Biden precisa de uma babá em tempo integral. Essa é a lição de mais uma viagem embaraçosa ao exterior”, afirma a nota. Biden, 81, é a pessoa mais velha a ocupar a Presidência dos EUA.
Outra cena que viralizou nos últimos dias aconteceu no último dia 11, durante um evento na Casa Branca em comemoração ao Juneteenth, data que celebra o fim da escravidão no país. Nela, Biden parece ficar paralisado por alguns segundos enquanto os demais presentes dançam.
Os casos acumulam-se desde o início do seu mandato. Em março de 2021, por exemplo, Biden caiu de joelhos ao subir os degraus do avião presidencial antes de decolar da base Andrews. Em junho do ano seguinte, o democrata caiu ao descer de uma bicicleta em Rehoboth Beach. Uma nova queda ocorreu em junho do ano passado, durante uma cerimônia de formatura na Academia da Força Aérea em Colorado Springs.
A última cena a viralizar aconteceu em um evento de arrecadação de fundos para sua campanha à reeleição, no último sábado (15). Usuários nas redes sociais apontaram que o presidente havia “congelado” novamente e sido conduzido pelo ex-presidente americano Barack Obama para fora do palco. Segundo a equipe de Biden, ele estava interagindo com a plateia que o aplaudia.
A idade tornou-se um tema central na eleição americana deste ano, e Trump, com 78 anos completados no último dia 14, não é imune a especulações em relação às suas condições para ocupar o cargo. No entanto, a questão é um problema muito maior para o atual presidente, na visão do eleitorado: 73% o consideram velho demais para o cargo. No caso de Trump, esse percentual cai para 42%, segundo pesquisa do New York Times de fevereiro.