Um funcionário da passagem fronteiriça de Rafah informou que seis caminhões-tanque com combustíveis entraram neste domingo (22) na Faixa de Gaza, apurou a rede de notícias AFP (Agence France-Presse). Mas, segundo o jornal local The Times of Israel, o Exército israelense nega essa informação. O território palestino está privado de produtos básicos desde 9 de outubro, quando Israel decretou o cerco total à região.
Na manhã deste domingo, 17 caminhões com ajuda humanitária atravessaram a passagem de Rafah, do Egito em direção à Faixa de Gaza. Este foi o segundo comboio em dois dias a entrar no território palestino desde o início da guerra entre o Exército de Israel e o grupo terrorista Hamas. Mais de cem caminhões com ajuda humanitária aguardam autorização para entrar na Faixa de Gaza, e dezenas de pessoas com passaporte estrangeiro esperam do lado palestino para entrar no Egito.
Nas primeiras horas deste sábado (21), um primeiro comboio de 20 caminhões do Crescente Vermelho egípcio cruzou a passagem de Rafah com suprimentos para os hospitais da Faixa de Gaza. A ajuda incluiu alimentos enlatados, remédios, cobertores e colchões, mas não um item fundamental: água potável.
As fronteiras foram fechadas pouco tempo depois da conclusão da entrega da ajuda humanitária a Gaza e, segundo afirmou o presidente da ONG humanitária Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à agência EFE, não se sabe quando a passagem será reaberta e quantos caminhões poderão entrar. Ele disse que “não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza” e que “nada se sabe ainda” sobre quando e como isso poderá ocorrer.
Entidades internacionais advertiram que a ajuda humanitária que chegou à Faixa de Gaza no sábado é totalmente insuficiente. A ONU, por exemplo, calcula que seriam necessários pelo menos cem caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores da região.
O número de mortos na guerra entre o Exército de Israel e o grupo terrorista Hamas subiu para 6.051 neste domingo (22). O Ministério da Saúde palestino informou que a quantidade de mortos na Faixa de Gaza aumentou para 4.651 vítimas. Do lado israelense, o número de vítimas é de 1.400.