O primeiro Fórum Global de Eliminação do Câncer Cervical começou na terça-feira com o anúncio de US$ 600 milhões para combater a doença. O evento também é marcado por novos compromissos envolvendo países, políticas e programas.
Os organizadores do Fórum, que acontece até quinta-feira em Cartagena das Índias, na Colômbia, consideram um momento de “oportunidade de salvar centenas de milhares de vidas até 2030”.
Novos compromissos
A parceria liderada pelos governos da Colômbia e da Espanha envolve ainda a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, a Organização Mundial da Saúde, OMS, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e a agência de saúde Unitaid.
Entre os doadores estão o Banco Mundial, a Fundação Bill e Melinda Gates, o Mecanismo de Financiamento Global, a Aliança para as Vacinas, Gavi, e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
A expetativa dos participantes é que os novos compromissos sejam “um passo histórico rumo à eliminação do câncer do colo do útero”. Os alvos incluem expandir a cobertura vacinal, reforçar os programas de rastreio e tratamento.
Promover o Apelo à Ação é o lema da reunião que aposta em catalisar os impulsos em nível nacional e global para acabar com a doença evitável. Nas contribuições financeiras destacam-se US$ 400 milhões do Banco Mundial, cerca de US$ 180 milhões da Fundação Bill & Melinda Gates e outros US$ 10 milhões do Unicef.
Assistentes de laboratório de pesquisa sobre HPV (vírus do papiloma humano) e câncer cervical no Instituto do Câncer da Colômbia, Bogotá, Colômbia
Agenda de eliminação do câncer do colo do útero
Os compromissos financeiros, políticos e na implementação de programas promovem o avanço da agenda de eliminação do câncer do colo do útero com base em promessas internacionais feitas em 2020.Pelo menos 200 países aderiram à estratégia global da OMS para acelerar o rumo da eliminação da doença até 2030.
A prioridade é que 90% das meninas sejam vacinadas contra o HPV até aos 15 anos, 70% das mulheres examinadas com um teste de alto desempenho aos 35 e aos 45 anos e, por fim, ter 90% das mulheres com doença cervical recebendo tratamento.
Para os organizadores do Fórum Global de Eliminação do Câncer Cervical existem novas evidências e oportunidades apontando para o aumento da adesão às vacinas contra o papilomavírus humano.
A parceria assinala otimismo com as opções de diagnóstico e tratamento de rastreio disponíveis e apelam para que governos e as organizações internacionais intensifiquem e priorizem o combate ao câncer do colo