O governador da Flórida, Ron DeSantis, decretou estado de emergência em cinco condados do estado americano nesta quarta-feira (12), quando fortes tempestades causaram alagamentos em diversas áreas da região.
Até a manhã desta quinta (13), não havia relatos de pessoas feridas ou mortas, mas os problemas persistiam.
Os condados em questão —Collier, Broward, Lee, Miami-Dade e Sarasota— passaram a ter autoridade para alocar recursos para enfrentar alagamentos e prejuízos decorrentes deles.
As chuvas começaram na terça (11), em consequência de uma frente fria que atingiu partes da Flórida.
Desde então, as precipitações levaram rodovias a serem bloqueadas e provocaram inundações repentinas em vizinhanças em Miami e em Fort Lauderdale, obrigando moradores desses locais a deixar suas casas.
Mais de 600 voos que deviam partir ou aterrissar nos aeroportos internacionais das duas cidades foram cancelados até as 21h da quarta, segundo o site de rastreamento de voos FlightAware, e outros 560 atrasaram.
Outros planos também tiveram que ser reprogramados. Foi o caso da demolição de uma escola de ensino médio em Parkland onde 17 alunos foram mortos por um ex-estudante em 2018.
A demolição foi remarcada para a sexta-feira (14), quando as chuvas devem enfim diminuir segundo meteorologistas.
Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global.
Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), já afirmou em relatório que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi causada pela ação humana.