O Nikkei questiona a falta de “avanços em comércio” na mais recente aposta dos EUA para reunir aliados asiáticos, o Ipef (Quadro Econômico Indo-Pacífico). Um encontro do grupo em San Francisco acaba de dar em nada porque, no destaque do jornal financeiro, “EUA se voltam para dentro”.
Washington “continua em conflito sobre criar um contrapeso à China” na região. “As negociações não conseguiram superar as divisões dentro dos próprios EUA.”
O Financial Times, que é do Nikkei, também não gostou. “A Casa Branca reverteu abruptamente a ação que seria anunciada para se contrapor ao poderio econômico da China”, após pressão democrata.
Uma ex-autoridade americana lamentou: “Acabamos de entregar uma vitória dupla à China. A política americana é disfuncional, e a América não tem agenda econômica para a Ásia”.
Também quinta (16), o Yomiuri revelou um encontro às pressas entre os líderes Fumio Kishida e Xi Jinping, em San Francisco, para a tarde desta quinta.
No título do maior jornal do país, “Cúpula Japão-China reafirma relação mutuamente benéfica, baseada em interesses estratégicos comuns”, visando “garantir interesses de ambos, como a economia” (acima). Ecoou na Bloomberg.
Segundo o Nikkei, um dia antes os respectivos ministros de comércio se reuniram e criaram um grupo bilateral para rever sanções comerciais —de chips japoneses a minérios chineses essenciais para chips, de peixes a aço.
ATÉ A LITUÂNIA
Outra aproximação inusitada com a China, por um aliado dos EUA, foi anunciada pela Lituânia, que vinha liderando o afastamento europeu do país. Com eco em mídia social, o chanceler lituano afirmou à estatal LRT que “Vilnius e Pequim estão em negociação para normalizar relações”. Aliás, “neste exato momento”.
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