Helicópteros dos Estados Unidos repeliram neste domingo (31) um ataque de houthis do Iêmen a um navio porta-contêineres da empresa Maersk no mar Vermelho, afundando três embarcações e matando dez rebeldes, de acordo com autoridades americanas, a Maersk e houthis.
O confronto começou quando os rebeldes, que são apoiados pelo Irã, tentaram abordar o Maersk Hangzhou, com bandeira de Cingapura. Helicópteros do USS Eisenhower e USS Gravely, então, juntaram-se à equipe de segurança do navio para repelir o ataque após receberem um chamado de socorro.
Depois do ocorrido, a Maersk afirmou que vai pausar navegações pelo mar Vermelho por 48 horas.
Um porta-voz dos houthis disse que o grupo realizou o ataque porque a tripulação do navio se recusou a atender suas chamadas. Ele disse que dez houthis foram mortos ou estavam desaparecidos depois que seus barcos foram atacados pelas forças dos EUA.
Os houthis —apoiados pelo Irã, assim como o grupo terrorista palestino Hamas— vêm atacando repetidamente navios na rota marítima vital do mar Vermelho em apoio a seus aliados em Gaza, que Israel busca eliminar.
O mar Vermelho é o ponto de entrada para navios que usam o Canal de Suez, responsável por cerca de 12% do comércio mundial –e vital para o movimento de mercadorias entre Ásia e Europa.
Para proteger a região, os Estados Unidos lançaram a Operação Prosperity Guardian em 19 de dezembro, afirmando que mais de 20 países concordaram em participar dos esforços.
A tentativa de ataque houthi foi a segunda do grupo ao Maersk Hangzhou em dois dias. O navio, que transporta 14 mil contêineres de Cingapura, foi atingido por um míssil neste sábado (30). Não houve feridos.
O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, disse no domingo que havia dito ao ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, em uma ligação, que o Irã deveria ajudar a impedir os ataques houthis no mar Vermelho.
“Deixei claro que o Irã compartilha a responsabilidade de impedir esses ataques, dada sua longa história de apoio aos houthis”, disse Cameron em uma postagem no X, antigo Twitter, acrescentando que os ataques “ameaçam vidas inocentes e a economia global”