Um candidato que usou o ChatGPT para escrever a redação do vestibular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, acabou preso no domingo (22). Ele foi flagrado pelo fiscal enquanto acessava a inteligência artificial generativa (IA) desenvolvida pela OpenAI.
De acordo com o G1, o jovem de 19 anos chamou a atenção da fiscal da sala por olhar para baixo da mesa com frequência, ao mesmo tempo em que mexia em algo. Ao se aproximar dele, a contratada dos organizadores do certame verificou que o rapaz usava um celular para colar no vestibular.
O candidato foi flagrado pela fiscal de sala enquanto usava o ChatGPT.Fonte: Getty Images/Reprodução
Perguntado sobre o motivo de mexer no smartphone durante a prova, o que é proibido, o estudante alegou que estava se sentindo mal e tentou esconder o dispositivo. Mas na sequência, admitiu que portava não apenas um, mas dois telefones quando chegou à sala.
O primeiro aparelho foi entregue à fiscal e lacrado antes do início da prova, como acontece normalmente em vestibulares e concursos. Já o segundo ficou escondido em sua mochila, e era este que estava sendo utilizado para acessar o ChatGPT em busca de auxílio para produzir a redação.
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Troca de mensagens
Além de usar a IA generativa para fazer a redação, o candidato preso no vestibular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa em Ribeirão Preto também aproveitou o celular para trocar mensagens com uma pessoa do lado de fora do prédio. Ela o ajudava a responder às questões da prova.
O vestibulando foi preso após confessar as fraudes e teve o celular usado para colar apreendido, mas pagou a fiança de R$ 2,6 mil e já está solto. O caso, que aconteceu na Universidade Paulista (Unip), foi registrado no boletim de ocorrência como “fraudes em certames de interesse público”.
Em nota, a Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), responsável pela organização da prova, confirmou que o candidato foi eliminado do exame. Além disso, a empresa disse que os outros concorrentes não tiveram nenhum prejuízo.