O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado terrorista que matou duas pessoas na segunda-feira (16) em Bruxelas, capital da Bélgica. Segundo uma publicação no canal do grupo no Telegram nesta terça-feira (17), o ataque foi perpetrado por um de seus combatentes.
O integrante do Estado Islâmico era tunisiano, de 45 anos. Ele matou a tiros dois torcedores de futebol suecos e feriu outro. O homem, cuja identidade ainda não foi revelada, teve um pedido de asilo rejeitado, em 2020, mas continuou a viver ilegalmente na Bélgica, segundo autoridades locais.
O terrorista foi morto após uma caçada durante a madrugada de segunda para terça. Ele foi morto a tiros em um café no distrito de Schaerbeek, no norte de Bruxelas. O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, chamou o ataque de um ato de “loucura terrorista”.
O suspeito ainda não foi formalmente identificado. A arma usada no ataque foi encontrada no local do confronto entre o suspeito e as autoridades belgas, disse a ministra do Interior, Annelies Verlinden.
Israel x Ucrânia
O ataque do Estado Islâmico na Bélgica seria uma retaliação às nações europeias, que, na visão dos extremistas islâmicos, falhou em ajudar os palestinos na Faixa de Gaza. Israel declarou guerra ao grupo terrorista Hamas, que lançou em 7 de outubro o maior ataque a território israelense dos últimos 50 anos.
No Oriente Médio, a guerra de Israel contra o Hamas chegou ao 11º dia. Um grave ataque foi registrado ao Hospital Al Ahli Arab, na Faixa de Gaza, no qual 300 palestinos morreram e outros 200 ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
De acordo com as IDF (Forças de Defesa Israelenses), o ataque partiu do grupo Jihad Islâmica Palestina, que teria disparado uma barragem de foguetes contra Israel — um dos projéteis, no entanto, teria falhado e atingido o hospital. “Uma análise indica foguetes que passaram nas proximidades do Hospital Al Ahli Arab, em Gaza, no momento em que foi atingido”, disse um porta-voz israelense.
No sul de Gaza, os ataques contínuos desta terça-feira mataram dezenas de civis e pelo menos uma figura importante do Hamas. Por causa dos ataques, porém, a passagem de Rafá segue fechada. Autoridades dos EUA trabalham para convencer Israel a permitir a entrega de suprimentos a civis, grupos de ajuda humanitária e hospitais, após dias de esperanças frustradas de uma abertura no cerco.
A fronteira fechada também é um problema para os brasileiros que aguardam a liberação da fronteira do Egito com a Faixa de Gaza receberem água e comida enviadas pelo governo do Brasil nesta terça-feira (17). O grupo de 16 pessoas está em uma casa alugada pelo Itamaraty em Khan Younis, cidade ao sul do território palestino.
Mais cedo, foi encontrada morta a israelense Celeste Fishbein, de 18 anos, filha de uma brasileira que vivia no país. A jovem foi assassinada pelos terroristas do Hamas, e seu corpo foi encontrado pelas autoridades de Israel nesta terça-feira (17).
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