O governo da Espanha adotou nesta terça-feira (28), em conselho de ministros, um decreto que reconhece oficialmente o Estado da Palestina, anunciou a porta-voz do governo.
O primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, havia dito momentos antes em uma declaração institucional que esse reconhecimento era “uma necessidade” para “alcançar a paz” entre israelenses e palestinos.
Assim como a Espanha, Irlanda e Noruega reconhecerão oficialmente um Estado palestino nesta terça apesar da reação de Israel, que se vê cada vez mais isolado após sete meses de conflito na Faixa de Gaza.
Ao anunciar que se juntariam a mais de 140 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas que reconhecem o território, Madri, Dublin e Oslo disseram que buscavam acelerar os esforços para garantir um cessar-fogo na guerra de Israel com o Hamas em Gaza.
“Esta é uma decisão histórica que tem um único objetivo: que israelenses e palestinos alcancem a paz”, disse o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez em um discurso televisionado antes da reunião do gabinete que aprovou formalmente a medida.
A Espanha reconhecerá um Estado palestino unificado, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, sob a Autoridade Nacional Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital, disse ele. Sánchez disse que Madri não reconhecerá quaisquer mudanças nas fronteiras pré-1967, a menos que sejam acordadas por ambas as partes.
“É a única maneira de avançar em direção ao que todos reconhecem como a única solução possível para alcançar um futuro pacífico, um de um Estado palestino que viva lado a lado com o Estado israelense em paz e segurança”, acrescentou.