Os norte-americanos se dirigem às urnas em 5 de novembro para decidir quem ocupará a presidência dos Estados Unidos a partir de 20 de janeiro de 2025. Contudo, o clima acirrado das eleições já teve início com as primárias dos partidos.
As primárias, agendadas para acontecer entre 15 de janeiro e 30 de abril, além de servirem como “termômetro” para o clima eleitoral, auxiliam os partidos na escolha de seus candidatos oficiais à corrida eleitoral e às eleições em novembro. Os eleitores, nesse estágio, votam em seus pré-candidatos favoritos, mas ficam restritos a cada partido.
Por exemplo: neste ano, Donald Trump venceu as primárias do Partido Republicano em Iowa, com 51% dos votos e 20 delegados. Seus oponentes, porém, eram membros do partido que buscavam se consolidar como representantes oficiais dos Republicanos – Ron DeSantis, Nikki Haley, Vivek Ramaswamy e outros nomes.
Ou seja, as opções para votar serão somente nomes do mesmo partido político. No país, os eleitores aptos são aqueles com 18 anos ou mais, porém não há obrigatoriedade do voto.
Encerradas as primárias, os partidos realizam convenções nacionais para anunciar as nomeações oficiais. Depois desse processo, se inicia o confronto direto entre os oponentes de cada partido. Este ano, as convenções ocorrem entre julho e agosto de 2024.
O Colégio Eleitoral
Nos EUA, diferentemente do Brasil, os representantes não são eleitos pelo voto direto, mas por uma instituição chamada Colégio Eleitoral. A definição do presidente e do vice depende dos delegados desses colégios eleitorais – estes, sim, escolhidos pelos eleitores. Caso um delegado vote contra as orientações dos eleitores no Colégio Eleitoral, pode ser multado, desqualificado, substituído e até mesmo processado pelo seu estado.
Cada um dos 50 estados dos EUA tem direito a um número de delegados proporcional ao total de representantes que possui no Congresso Nacional (um delegado para cada deputado e um delegado para cada dois senadores).
Por isso, o estado onde cada concorrente venceu pode ter mais ou menos peso no resultado final, sendo possível que um candidato vença as eleições com um número de votos menor que o rival, caso angarie mais delegados. Dessa forma, vencer em estados específicos é mais importante do que ter um número maior de votos absolutos. Chega à Casa Branca quem receber pelo menos 270 votos do Colégio Eleitoral.
A votação
O dia de votação não é feriado no país, mas os eleitores americanos têm outras opções além do comparecimento às urnas na data marcada. Dependendo da região, podem antecipar seu voto ou até votar via correio.
Dos 50 estados americanos, 6 utilizam urnas eletrônicas: Arkansas, Carolina do Sul, Delaware, Geórgia, Louisiana e Nevada. Nos demais, ainda são utilizadas cédulas de papel ou sistemas mistos, que envolvem o voto em uma cédula de papel que é posteriormente escaneada. No Colorado, Havaí, Oregon, Utah e Washington toda a votação ocorre pelos correios.
Além da escolha do presidente e seu vice, os americanos também votarão em novembro para eleger 34 senadores, 435 deputados – os chamados congressistas – e 13 governantes. Naturalmente, o sistema político dos Estados Unidos é caracterizado como bipartidário, com o Partido Democrata e o Republicano, embora existam outros partidos menores que dificilmente conseguem os números necessários de delegados.
Fonte: Internacional