Com 17 anos, Endrick é o mais jovem jogador da seleção brasileira sub-23, que disputa na Venezuela a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris, no meio deste ano.
O atacante do Palmeiras é também o astro do time de 23 atletas treinado por Ramon Menezes.
Já negociado com o Real Madrid, teve papel fundamental na conquista do bicampeonato do Brasileiro pelo alviverde paulistano, no fim de 2023. Com 11 gols, foi o artilheiro do time no campeonato.
Neste domingo (11), em Caracas, às 17h30 (horário de Brasília, com SporTV), Endrick terá o maior desafio de sua ainda curta carreira. É um dia decisivo, um “dia D”.
Diante da Argentina, o arquirrival do Brasil no futebol, ele e seus companheiros precisam da vitória no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, para assegurar a vaga para as Olimpíadas.
A seleção brasileira é a atual bicampeã olímpica, ganhando da Alemanha nos Jogos do Rio, em 2016 (com Neymar, Gabigol e Gabriel Jesus), e da Espanha nos Jogos de Tóquio, em 2021 (com Richarlison, Daniel Alves e Bruno Guimarães).
A não classificação seria desastrosa. Além de não poder tentar o tricampeonato, marcaria a primeira ausência do Brasil das Olimpíadas desde Atenas-2004 no futebol masculino, que faturou a prata em Londres-2012 e o bronze em Pequim-2008.
A equipe que naufragou no Pré-Olímpico disputado no começo de 2004 tinha como principais nomes os então santistas Robinho, Elano e Diego, badalados “meninos da Vila”. O técnico era Ricardo Gomes.
Para evitar incluir no currículo a mancha do fracasso no atual Pré-Olímpico, Endrick e companhia precisam ganhar dos argentinos, que estão sob comando de Javier Mascherano, volante vice-campeão mundial com a Argentina na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Em caso de empate, o Brasil dependerá do resultado de Venezuela x Paraguai, disputado no mesmo estádio, na sequência do clássico sul-americano. Será necessário torcer contra os venezuelanos.
Para Endrick, em especial, o jogo contra a Argentina tem um significado relevante, já que ele não teve até agora um desempenho soberbo no Pré-Olímpico.
Ressalte-se que começou bem, fazendo o gol da vitória na estreia (1 a 0 na Bolívia) e marcando mais um no segundo jogo (2 a 0 na Colômbia).
Porém, na sequência, engatou um jejum de quatro jogos, não conseguindo balançar as redes contra Equador (2 a 1) e Venezuela (1 a 3), ainda na fase de grupos, e Paraguai (0 a 1, perdendo um pênalti) e Venezuela (2 a 1), pelo quadrangular final.
A seu favor, Endrick pode destacar que deu uma assistência muito importante, perto do fim da partida, para o corintiano Guilherme Biro fazer o gol da vitória diante da Venezuela, vital para o Brasil não estar em condição pior na rodada final do Pré-Olímpico.
No entanto, pelo cartaz que o atacante tem, espera-se bem mais dele, mesmo sendo o caçula da seleção. E espera-se que seja na decisão diante da Argentina.
Nos grandes jogos, nos grandes desafios, o grande craque costuma aparecer, deixar sua marca. É a hora de Endrick mostrar que, ou se, está nesse nível.
Caso não seja ele o brasileiro a brilhar, que um (ou mais) de seus colegas aproveite a chance. É momento de ser(em) herói(s).
Pois seria muito triste o Brasil estar fora das Olimpíadas parisienses no futebol masculino. Mais ainda sucumbindo à Argentina.
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