O número de pessoas mortas por inundações e deslizamentos na província de Sumatra Ocidental, na Indonésia, subiu para 52, e mais de 3.000 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, disseram as autoridades nesta terça-feira (14), com fortes chuvas esperadas até a próxima semana.
Chuvas torrenciais no último sábado (10) desencadearam enxurradas, deslizamentos de terra e fluxo de lava fria —uma mistura de lama de cinzas vulcânicas, detritos de rochas e água— em três distritos na província de Sumatra Ocidental. Na segunda-feira (13), o número de mortes confirmadas era 43.
O fluxo de lava fria, conhecido na Indonésia como lahar, veio do Monte Marapi, um dos vulcões mais ativos de Sumatra. Mais de 20 pessoas morreram quando o Marapi entrou em erupção em dezembro. Uma série de erupções se seguiu desde então.
Dos 52 mortos, ao menos 45 foram identificados, disse o porta-voz da agência de desastres de Sumatra Ocidental, Ilham Wahab. Os socorristas locais, a polícia e o Exército continuarão procurando por 17 pessoas que ainda estão desaparecidas, acrescentou.
As inundações recuaram desde domingo, mas seus efeitos, segundo Wahab, danificaram 249 casas, 225 hectares de terra, incluindo campos de arroz, e a maioria das principais estradas.
“Além de procurar as pessoas desaparecidas, vamos nos concentrar em limpar as estradas da lama, troncos e grandes rochas trazidas pelas inundações para as estradas e assentamentos”, disse o porta-voz.
Até esta terça, 3.396 pessoas tiveram que deixar suas casas, disse o chefe da agência nacional de desastres e gestão (BNPB), Suharyanto —que usa um único nome, como muitos indonésios. O órgão tem distribuído —ainda que com dificuldades devido às condições das estradas— tendas, cobertores, alimentos, kits de higiene, banheiros portáteis e purificadores de água.
Chuvas fortes na província de Sumatra Ocidental ainda são esperadas até a próxima semana, disse Dwikorita Karnawati, chefe da agência de meteorologia da Indonésia. “Isso significa que precisamos estar alertas sobre o potencial de inundações repentinas e deslizamentos de terra pelo menos até 17-22 de maio.”