Este 20 de março marca o Dia Internacional da Felicidade, que é considerado um objetivo humano fundamental. A Assembleia Geral das Nações Unidas reconhece esta meta e apela a “uma abordagem mais inclusiva, equitativa e equilibrada ao crescimento econômico que promova a felicidade e o bem-estar de todos os povos”.
A ONU afirma que os governos e as organizações internacionais devem investir em condições que apoiem a felicidade, defendendo os direitos humanos e incorporando o bem-estar e as dimensões ambientais nas políticas públicas, com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
Felicidade no centro dos sistemas educacionais
A data contempla também o lançamento do Relatório Mundial da Felicidade 2024, que terá uma ênfase especial em jovens e idosos.
Neste Dia Internacional, a Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, promove o conceito de “Escolas Felizes” para posicionar a felicidade dos alunos e professores como um veículo para experiências e resultados de aprendizagem melhores e mais amplos.
Essa iniciativa, iniciada em 2014, incentiva os sistemas educacionais a colocar a felicidade no centro de suas jornadas de transformação da educação e a reconhecê-la como um meio e objetivo de uma educação de qualidade.
A Unesco afirma que os sistemas educacionais são desafiados por uma crise de equidade, exacerbada pelo subfinanciamento de longo prazo, a pandemia de Covid-19, mudanças disruptivas na tecnologia, desastres naturais, conflitos e o consequente deslocamento de comunidades.
Preocupação sistêmica
Os efeitos desses desafios incluem o desempenho baixo e desigual de aprendizagem, o declínio do bem-estar de alunos e professores, o aumento das taxas de crianças fora da escola, a violência e o abandono escolar precoce.
Além disso, o ambiente escolar é marcado por cargas de trabalho pesadas para professores e alunos e esgotamento e escassez de profissionais.
Por isso, a Unesco ressalta que escolas felizes devem ser vistas como uma preocupação sistêmica que não pode ser resolvida com uma atividade ocasional em sala de aula, que simplesmente trata os sintomas de problemas maiores.
A agência defende que promover a felicidade na educação não implica que a aprendizagem deva ser facilitada ou menos exigente, ou que cada momento na escola deva transbordar de positividade. Afinal, superar emoções e desafios negativos faz parte da vida e do aprendizado.
Pelo contrário, significa que “a felicidade não precisa ser uma meta distante, adiada até que a escola termine e o trabalho comece, e que a alegria pode permear as experiências escolares cotidianas, parte integrante do aprendizado e do ensino de qualidade”.
Histórico da data
A Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 66/281 de 12 de julho de 2012 proclamou o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade, reconhecendo a relevância da felicidade e do bem-estar como objetivos e aspirações universais na vida dos seres humanos em todo o mundo e a importância do seu reconhecimento nos objetivos das políticas públicas.
A resolução foi iniciada pelo Butão, um país que reconheceu o valor da felicidade sobre o rendimento nacional desde o início da década de 1970 e adotou o objetivo da “Felicidade Nacional Bruta” sobre o Produto Nacional Bruto. O país também acolheu uma Reunião de Alto Nível sobre “Felicidade e Bem-Estar” durante a 66ª sessão da Assembleia Geral.