Em 24 horas, dois ônibus são incendiados no Rio de Janeiro – EERBONUS
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Em 24 horas, dois ônibus são incendiados no Rio de Janeiro


Nos últimos dez anos, 267 coletivos foram inutilizados por causa de incêndios criminosos

MICHELLE SOUZA

Em 24 horas, dois ônibus foram incendiados no Rio de Janeiro, somente nas três primeiras semanas de 2024. O primeiro veículo queimado foi na noite de quarta-feira (17). O coletivo é da empresa Palmares, e fazia a linha 898 (Campo Grande-Sepetiba), como reportou o Diário do Transporte, relembre:

VÍDEO: Ônibus é incendiado no bairro de Sepetiba, no Rio de Janeiro

O segundo veículo foi incendiado na noite desta quinta-feira (19), após uma tentativa de assalto. O motorista contou que fazia a linha 770 (Campo Grande-Coelho Neto), e que o ônibus apresentou um problema mecânico, quando ele estava aguardando pelo socorro foi rendido pelos criminosos que colocaram fogo no ônibus. O coletivo ficou destruído após as chamas. Veja o vídeo:

De acordo com a Semove, que representa 184 empresas em todo o Estado do Rio de Janeiro, só em 2022, empresas associadas ao Rio Ônibus tiveram 26 ônibus destruídos, somando 60 em todo o Estado.

Por causa de incêndios criminosos, cerca de 267 ônibus tiveram que ser inutilizados, somente nos últimos dez anos. Ainda de acordo com a empresa que representa a categoria, a falta de seguro para esse tipo de crime, atrapalha a renovação da frota e prejudica a população.

A Semove disse também que o custo para reposição dos ônibus incendiados desde 2014 soma mais de R$ 211 milhões, em valores atuais. E que quando um coletivo é incendiado, ele deixa de transportar aproximadamente 70 mil passageiros em seis meses, que é o tempo mínimo para que seja feita a reposição no transporte.
Sobre os incêndios criminosos, o Rio Ônibus afirma que repudia veementemente os ataques, e pede que as autoridades atuem com urgência. Veja nota abaixo:

Nota Rio Ônibus

“Em 24h, dois ônibus foram incendiados na cidade do Rio. O Rio Ônibus repudia veementemente mais um triste episódio de depredação ao Patrimônio Público. Atos violentos contra a Viação Palmares, que passa por dificuldades para recuperar sua frota. Um dos veículos já tinha sido alvo de uma bomba na Av. Brasil há três meses. Casos recorrentes que retratam a inação do Estado sobre a falta de Segurança Pública que assola o Rio de Janeiro. É necessário que as autoridades atuem com urgência para devolver o direito de ir e vir a população carioca”.

Já a Semove, disse que repudia os ataques e pede para a população ajudar com informações que levem aos autores dos ataques por meio do Disque Denúncia. Segue a nota, na íntegra:

NOTA DA SEMOVE

“A Semove, que representa 184 empresas em todo o Estado, repudia novos ataques criminosos ao sistema de transporte público por ônibus no Rio de Janeiro. Em 24 horas, dois ônibus da empresa Palmares, das linhas 898 (Campo Grande-Sepetiba) e 770 (Campo Grande-Coelho Neto), foram incendiados na cidade do Rio de Janeiro.
Estes são os dois primeiros casos de incêndios criminosos a ônibus registrados, este ano, no Estado do Rio. O último havia acontecido em 26 de novembro, em Duque de Caxias. Só no ano passado, expressas associadas ao Rio Ônibus tiveram 26 ônibus destruídos, somando 60 em todo o Estado.
Nos últimos dez anos, foram inutilizados 267 ônibus por causa de incêndios criminosos. A inexistência de seguro para este tipo de crime atrapalha o investimento na renovação da frota e prejudica diretamente a população.
O custo para reposição dos veículos incendiados desde 2014 soma, em valores atuais, pouco mais de R$ 211 milhões. É importante destacar que um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo mínimo para que haja a reposição de um veículo no sistema de transporte.
A Semove pede a colaboração da população com informações que levem aos autores dos ataques por meio do Disque Denúncia, para que sejam levadas diretamente às forças de segurança para as devidas providências. O anonimato é garantido, inclusive nas mensagens de Whatsapp. O número é 2253-1177″.

Michelle Souza, para o Diário do Transporte

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