Quatro boinas-azuis foram mortos em ataques ocorridos no terreno em 2024. O total foi confirmado após uma queda observada ao serem registradas sete fatalidades em serviço no ano passado.
Nesta segunda-feira, o subsecretário-geral para as Operações de Paz realçou a redução significativa de baixas dos 33 episódios fatais registrados em 2022. Jean-Pierre Lacroix disse que 15 aconteceram na Missão da ONU no Mali, Minusma.
Aumentar a segurança das forças de paz
Apesar do encerramento da operação de paz no Mali ter contribuído para a diminuição, o “mais importante foi a ação considerável tomada por todas as missões de manutenção da paz e pela sede para aumentar a segurança das forças”.
As declarações foram feitas na sessão do Conselho de Segurança em que Jean-Pierre Lacroix apontou cinco pré-requisitos para a eficácia da manutenção da paz.
Em primeiro lugar, ele pediu uma aliança com os países para sustentar os esforços dos pacificadores tendo em vista que o tipo de operações é projetado para apoiar acordos de paz entre as partes em conflito. Ele apontou ainda o sucesso nessa atuação em casos como Timor Leste, Libéria, e Serra Leoa.
Como segunda prioridade, o subsecretário-geral destacou que mais recursos devem ser atribuídos para que haja um desempenho ideal das operações de manutenção da paz com mandatos que forneçam uma direção estratégica clara.
Ação de extremistas
Como terceiro fator, o chefe das operações de paz citou o multilateralismo como fator essencial para atuação em meio a desafios complexos como crime organizado, grupos armados não estatais com ideologias extremistas ou efeitos das mudanças do clima, que também causam conflitos.
Lacroix apontou como quarto ponto que as próprias operações de manutenção da paz busquem continuamente investir em reforçar sua eficácia e adaptabilidade aos desafios atuais e futuros. A Ação da ONU pela Manutenção de Paz aborda desafios sistêmicos envolvendo a comunidade e o melhor uso da tecnologia.
Por fim, Lacroix defendeu que as forças de paz enfrentam desafios carecendo de melhores parcerias com outras entidades para executar ações no terreno em casos em que não há cessar-fogo ou acordo político.
A expectativa do chefe das operações de paz é que a Cúpula do Futuro, agendada para o fim de setembro em Nova Iorque, reavalie e reafirme pontos fortes “que tornaram a manutenção da paz bem-sucedida ao longo de quase oito décadas”.
Como empreitada para os líderes mundiais ele disse que que devem abraçar um ambicioso Pacto para o Futuro que dê um mandato “claro e forte” para continuar os esforços para tornar a manutenção da paz adequada aos desafios da área.