O assessor-chefe especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, viajou a Barbados, no Caribe, para ser testemunha da assinatura de um acordo entre o governo da Venezuela e a oposição para as eleições de 2024.
O ex-chanceler viajou em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Programada de última hora, sua ida a Barbados ocorre após o petista conversar sobre o pleito venezuelano com o ditador do país, Nicolás Maduro, na segunda-feira (16).
A ligação durou cerca de 30 minutos. Segundo a Presidência da República, Lula questionou Maduro justamente sobre o andamento das negociações entre o governo venezuelano e a oposição.
Há a expectativa de que os Estados Unidos suspendam as sanções impostas à Venezuela para a realização de eleições limpas. De acordo com o jornal The Washington Post, Caracas firmou um tratado com o governo americano em que se compromete a organizar um pleito presidencial competitivo e a permitir que ele seja monitorado por observadores internacionais.
Em troca, a Casa Branca aliviaria as sanções contra a indústria de petróleo do país sul-americano.
O relaxamento das sanções deve ser anunciado pelos EUA somente depois da assinatura do acordo. Segundo a agência de notícias Reuters, autoridades de Washington adotam cautela e fazem a ressalva de que Maduro não cumpriu compromissos firmados no passado para permitir eleições livres.
O documento que será assinado pelo regime e pela oposição em Barbados deve estabelecer uma data definitiva para a eleição no segundo semestre do ano que vem.
Maduro teria concordado em suspender as proibições impostas aos candidatos da oposição de exercerem cargos públicos, embora não esteja claro como ou quando esse processo ocorreria.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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