Ontem, a OpenAI e a Axel Springer, uma editora global de notícias, anunciaram um acordo sem precedentes que possibilitará ao ChatGPT resumir notícias de veículos como Político e Business Insider.
De acordo com agências internacionais, este anúncio ocorre em um momento em que editores, artistas, escritores e tecnólogos estão examinando ou considerando ações legais contra empresas responsáveis por ferramentas populares de inteligência artificial, incluindo chatbots e modelos de geração de imagens, alegando uso indevido de seus conteúdos ou criações como dados de treinamento. Por exemplo, em setembro, autores proeminentes como John Grisham e George R.R. Martin processaram a OpenAI por suposta violação de direitos autorais.
Com a entrada em vigor do acordo OpenAI-Axel Springer, quando um usuário questionar o ChatGPT, ele responderá com resumos de artigos de notícias de veículos de mídia como Politico, Business Insider, Bild e Welt.
O chatbot também incluirá artigos que, de outra forma, seriam restritos a assinantes desses veículos, conforme divulgado em um comunicado, e as respostas incluirão “atribuição e links para os artigos completos para transparência”.
Dona do ChatGPT
Esta parceria sucede a um acordo que a OpenAI estabeleceu com a Associated Press em julho, permitindo a licença do arquivo de notícias da AP para dados de treinamento.
Como parte deste acordo, a Axel Springer fornecerá conteúdo de suas marcas de mídia como dados de treinamento para os grandes modelos de linguagem da OpenAI, incluindo o GPT-4, o modelo de IA que contribui para impulsionar o ChatGPT.
Em outubro, a News Media Alliance, um grupo comercial que representa mais de 2.200 editores, divulgou uma pesquisa sugerindo que os conjuntos de dados utilizados para treinar modelos populares de IA dependem “significativamente” mais do conteúdo do editor, superando-o por um fator que varia de mais de cinco a quase 100, em comparação com o conteúdo genérico da web.