Dois “grandes ataques aéreos” atingiram a Faixa de Gaza na manhã deste sábado (21), depois que 20 caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a entrar no território palestino. Um deles aconteceu em Rafah, tendo como alvo o Departamento de Defesa Civil, o que tornará ainda mais difícil o resgate de pessoas dos escombros. As informações são da emissora Al Jazeera.
Na cidade de Gaza, em área conhecida como Al-Saraya, o local de uma feira anual de livros foi completamente destruído, deixando muitos feridos nas casas vizinhas. Palestinos relatam que não há nenhum lugar seguro para onde possam fugir neste momento.
A passagem fronteiriça de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, foi fechada neste sábado (21) de ambos os lados pelas autoridades que administram o local, depois que os 20 caminhões que levaram ajuda humanitária aos hospitais da região concluíram o transporte. Segundo declarou o presidente do Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à agência EFE, até o momento não se sabe quando a passagem será reaberta.
Said enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são “apenas ajuda médica”, que nenhuma das remessas incluía combustível, e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda ao enclave palestino será feita e quantos caminhões poderão entrar. Ele afirmou que “não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza” e que “nada se sabe ainda” sobre quando e como isso poderá ocorrer.
A guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, desencadeada no último dia 7 de outubro, chega ao décimo quarto dia com um saldo de 5.785 mortos, de acordo com dados divulgados por cada um dos lados do conflito.
Em Israel, 1.400 pessoas foram assassinadas durante o ataque-surpresa promovido pelos extremistas islâmicos no último dia 7. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que 4.385 pessoas morreram em decorrência do confronto.
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