Fernando Diniz, 49, treinador interino da seleção brasileira, registrou na derrota para a Argentina no Rio de Janeiro um vexame que nenhum treinador conseguiu na história de 109 anos da equipe: perder três vezes seguidas em partidas válidas por competição.
Pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 (que será nos EUA, Canadá e México), o 0 a 1 diante de Messi e companhia no Maracanã veio na sequência de reveses contra o Uruguai, no mês passado (0 a 2 em Montevidéu), e a Colômbia, na semana passada (1 a 2 em Barranquilla).
Além de Diniz, somente um treinador caiu em três jogos consecutivos com o Brasil: Sebastião Lazaroni, cerca de um ano antes da eliminação nas oitavas de final da Copa da Itália, em 1990, diante da Argentina de Maradona e Cannigia.
Em junho de 1989, o Brasil de Lazaroni perdeu, seguidamente, para Suécia (1 a 2), Dinamarca (0 a 4) e Suíça (0 a 1).
Os dois primeiros jogos, em Copenhague, foram em um torneio na Dinamarca que celebrava os cem anos da confederação de futebol do país do norte europeu. O terceiro, um amistoso na Basileia.
Lazaroni, que depois inovaria, sem sucesso, ao escalar a seleção com um líbero (Mauro Galvão), utilizou nessas partidas dois zagueiros canhotos (André Cruz e Ricardo Gomes), algo totalmente heterodoxo.
Em 1920 e 1921, o Brasil perdeu três vezes seguidas no Campeonato Sul-Americano, em edições diferentes, duas no primeiro ano (6 a 0 para o Uruguai e 2 a 0 para a Argentina) e uma no segundo (1 a 0 para a Argentina).
Uma comissão técnica, formada por Agostinho Fortes Filho e Oswaldo Gomes, dirigiu o time em 1920. No ano seguinte, o técnico foi Ferreira Vianna Neto.
A pior sequência de derrotas da seleção brasileira, quatro, aconteceu em 2001 e foi dividida meio a meio entre dois treinadores: Emerson Leão e Luiz Felipe Scolari.
Diniz, que depois do jogo contra os argentinos declarou que sua equipe jogou melhor, poderá ver o desempenho negativo ampliado em março de 2024, quando o Brasil voltará a atuar –os amistosos contra Inglaterra e Espanha serão suas derradeiras partidas na função.
Nas Eliminatórias sul-americanas, os próximos jogos estão agendados para setembro, diante de Equador e Paraguai, quando, caso se confirme o que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) deseja, o Brasil será comandado pelo italiano Carlo Ancelotti, 64, atual treinador do Real Madrid.
A seleção brasileira ocupa hoje a sexta posição na tabela, com 7 pontos, atrás de Argentina (15), Uruguai (13), Colômbia (12), Venezuela (9) e Equador (8). Com 5 pontos estão Paraguai e Chile. A Bolívia tem 3 e o Peru, 2.
Os seis primeiros colocados na América do Sul obtêm vaga para a inchada Copa de 2026, a primeira com participação de 48 países, e o sétimo ainda terá chance em repescagem contra uma seleção de outro continente.
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