É hora de priorizar a saúde mental no local de trabalho. Esse é o lema da celebração deste ano do Dia Mundial da Saúde Mental. Para marcar o 10 de outubro, as Nações Unidas destacam que uma em cada oito pessoas vive com algum transtorno nesse campo.
O secretário-geral ressalta que nenhuma comunidade ou sociedade é poupada, sendo o suicídio umas principais causas de morte entre os jovens. Milhões de pessoas continuam sofrendo em silêncio com transtornos mentais.
Ambientes laborais opressivos
A mensagem pela data revela ainda que 60% de pessoas maiores de 15 anos estão empregadas, passando a maior parte do tempo no local de trabalho, que são espaços “muito mais” do que laborais.
Para Guterres, locais de trabalho seguros e saudáveis podem fornecer um senso de propósito, conexão e estabilidade, enquanto ambientes laborais opressivos ou caóticos podem ter um grande impacto na saúde mental dos trabalhadores.
O secretário-geral ressalta que a pandemia da Covid-19 inaugurou uma nova era de teletrabalho com “limites entre casa e emprego se dissolvendo cada vez mais, criando desafios ainda maiores para proteger a saúde mental dos funcionários”.
Transformação dos serviços de saúde mental
Num momento em que o trabalho é importante para o bem-estar, a mensagem destaca que é importante que empregadores abordem os riscos colocados à saúde mental de seus funcionários.
Entre os benefícios dessa medida estão o aumento da moral, a redução do absenteísmo e um maior engajamento e produtividade dos funcionários, fortalecendo negócios e economias.
Em vésperas da data, foi lançado o guia intitulado Saúde Mental de Crianças e Jovens: Orientação de Serviço para apoiar a transformação dos serviços de saúde mental para crianças e adolescentes.
A publicação da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, é apresentada quando uma em cada sete menores entre 10 a 19 anos é afetado por problemas de saúde mental. Questões como ansiedade, depressão e transtornos comportamentais são as mais comuns no grupo etário.
As agências da ONU defendem uma ação precoce para permitir que crianças e jovens prosperem e realizem seu potencial máximo. Um terço dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos e metade deles ocorre abaixo dos 18 anos.
De acordo com a OMS e o Unicef, outro desafio da área de saúde mental é a falta de acesso de crianças e jovens aos serviços de apoio.