A oficial Renita Rismayanti, da Indonésia, é a ganhadora do Prêmio Mulher Policial do Ano de 2023. Ela tem a patente de primeiro-sargento e receberá a distinção na quinta-feira na sede da ONU, em Nova Iorque.
A Assembleia Geral acolherá a cerimônia de reconhecimento no âmbito da Semana da Polícia das Nações Unidas, que acontece até sexta-feira. A distinção foi criada em 2011.
Focos de crime e agitação
Renita Rismayanti é oficial de banco de dados criminais na Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca. Ela concebeu e desenvolveu a iniciativa que permite que a Polícia da ONU represente e analise os focos de crime e agitação.
Segundo as Nações Unidas, com o novo método as forças de segurança centro-africanas podem planear melhor as suas operações de apoio à população local.
O subsecretário-geral para Operações de Paz, Jean -Pierre Lacroix, elogiou a “inovação e os esforços” aplicados pela policial para que os dados sejam usados pela equipe de manutenção da paz da ONU e pela polícia centro-africana.
O chefe das missões de paz defende a “contribuição significativa” da iniciativa nos esforços para melhorar a segurança das comunidades vulneráveis, incluindo mulheres e meninas.
Uma policial zambiana recebe uma medalha por seus serviços na missão de manutenção da paz da ONU no Sudão do Sul, Unmiss
Maior eficácia da atuação na proteção
Lacroix enfatizou ainda “o grande exemplo de como a participação e liderança das mulheres na manutenção da paz melhoram a eficácia da atuação de proteção e consolidação da paz para melhor enfrentar os desafios atuais e futuros.”
Reagindo ao anúncio, Rismayanti expressou satisfação pela possibilidade de usar suas competências tecnológicas para melhorar a segurança da população em toda a República Centro-Africana.
A vencedora falou da expectativa de usar a visibilidade que lhe é dada pelo prêmio para reforçar entre as mulheres e meninas “que todos os campos de especialização no policiamento estão abertos para elas.”
A Semana da Polícia das Nações Unidas acolhe eventos com a participação de altos funcionários da organização, apresentação de informes ao Conselho de Segurança e ao Comitê Especial da Assembleia Geral sobre as Operações de Paz.
As mulheres representam 43,1% dos oficiais em serviço na sede e 24,6% dos 10 mil policiais atuando em 16 operações das Nações Unidas no terreno.