Coordenadores das Nações Unidas provenientes de dezenas de países concluíram uma semana de encontros na sede da organização. Os eventos trataram da aceleração dos esforços para cumprir as metas globais.
A chefe da ONU em Angola disse à ONU News que os participantes de nações lusófonas citaram a preparação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de novembro de 2025.
Problemas e desafios
Zahira Virani sublinhou o que foi falado de uma futura aliança entre representantes das Nações Unidas em Estados integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.
“Temos que juntar os nossos esforços, porque ninguém vai atingir as nossas metas comuns atuando sozinha ou sozinho. Isso é muito importante. Neste momento estamos a falar no desenvolvimento de uma estratégia para a COP que vai acontecer no Brasil daqui a um ano. Então, como é que nós, os coordenadores dos países da Cplp, podemos juntar nossas ideias e nossas soluções para ajudar os países-membros (do bloco) a apresentar suas ideias e desafios no Brasil em 2025 durante a COP. Esse é só um exemplo, porque nós estamos a tentar nos juntar neste sentido.”
A coordenadora do Sistema das Nações Unidas em Angola disse que a presença em Nova Iorque foi uma ocasião para apresentar o exemplo da “relação estreita” com as autoridades de Angola. A ONU apoia o impulso ao plano de desenvolvimento.
Os chefes de equipes nacionais atuam nos países coordenando representações de agências, fundos e programas da ONU, além de estabelecer contatos com fontes de financiamento, parceiros de implementação e outros.
Desafio comum
Zahira Virani apontou as vantagens de uma proximidade e cooperação reforçada entre escritórios dos Estados-membros do bloco lusófono.
“Cplp é uma organização bastante forte. Nós, os coordenadores e coordenadoras, decidimos também nos juntar na mesma maneira para utilizar as vantagens e sinergias. Por exemplo, podemos partilhar os documentos, as estratégias e juntar a nossa voz entre os integrantes da Cplp. Porque o Brasil também faz parte desse grupo, podemos avançar as nossas ideias e as nossas estratégias comuns. Os países têm problemas e desafios comuns e podemos juntos descobrir a solução.”
Em Angola, a ONU lançou este ano o Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável. Sobre o plano, Virani apontou metas comuns entre as Nações Unidas e as autoridades angolanas rumo ao progresso e à equidade.
As Nações Unidas também acompanham o processo regional na sequência de um recente acordo de cessar-fogo alcançado em Luanda, mediado pelas autoridades angolanas, entre a República Democrática do Congo e o Ruanda.