O rascunho do texto final da COP28, disponibilizado aos negociadores em Dubai na noite de segunda-feira, excluiu a proposta de “eliminar progressivamente” os combustíveis fósseis, desencadeando protestos de países vulneráveis ao clima e da sociedade civil.
Preparado pela presidência da COP28, dos Emirados Árabes Unidos, o texto de 21 páginas não aborda a redução gradual ou eliminação dos combustíveis fósseis. Essa omissão contradiz a posição defendida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que destacou a medida como uma das chaves para o sucesso da conferência.
Redução de consumo e produção
O texto preliminar pede que os países reduzam o “consumo e produção de combustíveis fósseis de maneira justa, organizada e equitativa”. Estados Unidos, nações da União Europeia e um conjunto de pequenos Estados insulares em desenvolvimento se juntaram a grupos da sociedade civil ao criticarem o rascunho por não avançar o bastante na contenção do aquecimento global.
No entanto, este não é o texto final, e as negociações sobre um texto de compromisso devem continuar durante todo o dia de terça-feira, o dia previsto para o encerramento da COP28.
Os representantes seguem debatendo a elaboração de uma nova declaração que apresente mais que a enumeração das ações a serem adotadas pelos países. Ativistas e alguns países estão demandando uma linguagem mais forte e que reflita de forma mais precisa a real urgência em lidar com a crise climática.
Declaração da COP28
Segue um resumo das medidas, em sua maioria voluntárias, incorporadas no esboço atual e o que foi deixado de fora:
O que está incluído:
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Tecnologias de emissões zero e baixas, incluindo tecnologias de remoção, como captura de carbono, utilização e armazenamento;
O que está fora: