O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (13) que seu país continuará a guerra na Faixa de Gaza “até o fim, até a vitória, até a destruição do Hamas”, apesar da “pressão internacional” para um cessar-fogo e para reduzir as mortes de civis.
“Continuaremos até o fim. Não há absolutamente nenhuma dúvida. Digo isso diante da pressão internacional. Nada nos deterá, iremos até o fim, até a vitória, até a destruição do Hamas”, declarou Netanyahu em uma visita às tropas da 460ª brigada do corpo de blindados do Exército.
As observações do premiê foram feitas um dia após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dito que Israel está perdendo o apoio internacional e que Netanyahu deveria mudar seu governo, já que atualmente lidera uma coalizão com partidos de direita que se opõem ao diálogo com os palestinos e à solução de dois Estados.
“Quero expressar o profundo apreço de todos os cidadãos de Israel pelo esforço de combate que vocês estão fazendo, pelo sacrifício, pelo heroísmo e pelo sucesso”, afirmou Netanyahu às tropas.
Na mesma linha, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, reafirmou nesta quarta-feira que a guerra contra a “organização terrorista Hamas” na Faixa de Gaza continuará, de acordo com um comunicado da pasta.
“Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional. Um cessar-fogo no estágio atual é um presente para a organização terrorista Hamas e permitirá que ela retorne e ameace os residentes de Israel”, disse Cohen em uma reunião em Jerusalém com o vice-ministro das Relações Exteriores da Austrália, Tim Watts.
Na terça-feira (12), a Assembleia Geral da ONU adotou por ampla maioria uma resolução para um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza, dias depois que os Estados Unidos vetaram uma proposta de resolução do Conselho de Segurança para o mesmo efeito.