As Nações Unidas revelaram que continuam entregando auxílio humanitário de emergência aos afetados pela violência no Haiti, mesmo com as dificuldades observadas na capital haitiana, Porto Príncipe.
Nesta terça-feira, o Conselho de Direitos Humanos aborda as várias facetas da crise em sessão que contará com a participação do especialista independente para o país, William O’Neill.
Resposta gravemente subfinanciada
De acordo com a ONU, o Plano de Resposta e Necessidades Humanitárias do Haiti continua gravemente subfinanciado com menos de 7% dos US$ 674 milhões necessários para este ano.
No auxílio ao país caribenho, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, forneceu mais de 28 mil refeições a pessoas forçadas a fugir das suas casas devido à violência. Em março, cerca de 80 mil haitianos foram alcançados.
A operação dos parceiros no terreno inclui organizações não governamentais haitianas, empresas locais e organizações de agricultores.
Em Porto Príncipe, a agência distribuiu mais de 358 mil refeições quentes para mais de 69 mil pessoas. Mas mais de 2,3 milhões de litros de água foram entregues a 60 mil deslocadas.
Medicamentos e prestação de apoio psicossocial
As entregas feitas pelos parceiros de saúde incluem medicamentos e prestação de apoio psicossocial a pessoas traumatizadas, incluindo crianças.
A ONU defende que o sector da saúde do Haiti foi gravemente afetado pela onda de violência ao longo do último mês, com pelo menos metade das instalações de saúde na capital fechadas ou a funcionar abaixo da sua capacidade normal.
A insegurança persistente agravou a já terrível situação humanitária. Em todo o país, mais de 360 mil pessoas estão deslocadas, cerca 44% vivem na área metropolitana de Porto Príncipe. Mais de mil escolas foram fechadas no país por causa da onda de violência.