Como CEO da Nimbi, uma empresa que atua diretamente com tecnologia, tenho acompanhando de perto a evolução do ESG e seu impacto nas estratégias corporativas.
Posso dizer que quando surgiu a adoção das práticas ESG, elas eram vistas, por muitas empresas como um conjunto de obrigações regulatórias a serem cumpridas, porém, na minha concepção, essa percepção está mudando. No segmento de Tecnologia , onde a inovação é constante, o ESG se apresenta como uma oportunidade de repensar processos, produtos e serviços sob uma nova ótica, que valoriza a sustentabilidade, a equidade social e uma governança sólida.
A integração do ESG nas estratégias de negócios não se trata apenas de mitigar riscos ou cumprir com legislações. Trata-se de construir uma marca forte, atrair e reter talentos, e abrir portas para novas oportunidades de mercado. Empresas de
Tecnologia que adotam práticas ESG de forma genuína tendem a se destacar, pois demonstram compromisso não só com lucro, mas com impacto de suas operações no Brasil e no mundo.
No contexto atual, os stakeholders estão cada vez mais conscientes e exigentes quanto às práticas empresariais. Investidores, clientes e colaboradores buscam associações com empresas que não apenas oferecem soluções tecnológicas avançadas, mas que também agem de maneira responsável e sustentável. Neste sentido, o ESG se torna um diferencial competitivo importante.
Além disso, a adoção de práticas ESG no setor de tecnologia estimula a inovação. Ao enfrentar desafios ambientais e sociais, as empresas são incentivadas a desenvolver novas tecnologias e modelos de negócio que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também contribuam positivamente para a sociedade e o meio ambiente.
A adoção de práticas ESG no setor de tecnologia estimula a inovação.
A governança, o “G” do ESG, é particularmente crítica no setor tecnológico. Práticas de governança sólidas asseguram que as empresas sejam administradas de maneira ética e transparente, fortalecendo a confiança dos stakeholders. Isso é essencial em um setor onde a velocidade da inovação e a complexidade dos produtos podem, por vezes, obscurecer a visibilidade das operações.
O ESG representa uma mudança de padrão para o setor de tecnologia. Ele oferece uma estrutura para que as empresas não apenas prosperem financeiramente, mas também contribuam de maneira significativa para a construção de um futuro sustentável. Como líderes empresariais, temos a responsabilidade e a oportunidade de integrar o ESG ao núcleo de nossas estratégias de negócio.
A integração do ESG como estratégia de negócio no segmento de tecnologia não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. Para empresas como a Nimbi, representa a chance de liderar pelo exemplo, demonstrando que é possível alcançar o sucesso empresarial enquanto se contribui positivamente para o mundo.
O futuro do nosso segmento dependerá cada vez mais de como as empresas respondem aos desafios e oportunidades apresentados pelo ESG.
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*Carolina Cabral é mãe do Gustavo e esposa da Patricia, nascida em Joinville (SC), formada em Administração.