Dúvidas sobre a estrutura das senhas geradas pelo iOS surgiram em meio a uma discussão na rede social Mastodon, no início de outubro, com a pessoa responsável por iniciar o debate se mostrando desconfiada que os códigos não são criados de maneira totalmente aleatória. E ela estava certa.
Respondendo à postagem, o gerente de engenharia de software da Apple, Ricky Mondello, confirmou que as senhas fortes geradas automaticamente nos dispositivos da marca seguem uma estrutura proposital, para que sejam fortes e fáceis de digitar. Isso envolve o uso de “palavras” de duas sílabas sem sentido.
Exemplo de código criado pelo gerador de senhas da Apple.Fonte: Ricky Mondello/Reprodução
Segundo o especialista, as combinações geradas pelo algoritmo não seguem regras de nenhum idioma, contam prioritariamente com caracteres minúsculos e utilizam hífens. Além disso, mesclam consoantes e vogais, resultando em senhas complexas, longas e seguras, mas que ao mesmo tempo facilitam uma rápida memorização.
Em seu blog, Mondello também explicou que o método, presente no novo aplicativo Senhas da Apple, disponível no iOS 18, permite gerar senhas cuja digitação em teclados alternativos não se torne complexa. Ele se refere ao uso de controles remotos de TVs, joysticks e modelos com layout estrangeiro para informar as credenciais de acesso.
Como são compostas as senhas geradas pela Apple?
Ainda de acordo com o profissional, as senhas fortes geradas automaticamente pela Apple são formadas por 20 caracteres no total, incluindo consoantes e vogais escolhidas aleatoriamente. A predominância é das letras minúsculas, com os códigos geralmente tendo apenas uma letra maiúscula.
Também é adicionado um único número, que pode aparecer nas mais variadas posições. Por fim, o formato inclui a utilização de dois hífens como símbolos, que facilitam a leitura da senha criada pela tecnologia e a sua digitação em diferentes tipos de teclados.
Apesar de simples, a estrutura consegue ser mais forte do que o formato utilizado anteriormente, segundo a gigante de Cupertino. Ela foi desenvolvida para ser suportada pela maioria dos sites e serviços online.