Golpistas estão se aproveitando das enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul para tirar vantagem de pessoas desavisadas. De acordo com o Fantástico, alguns criminosos agem localmente, praticando delitos comuns, enquanto outros apelam para golpes virtuais, como vaquinhas falsas e até vídeos manipulados por inteligência artificial (IA).
Em uma das ações, um adolescente criou um site fake para vender produtos abaixo do preço. Outro exemplo foi um golpe que usou IA para recriar a imagem do empresário Luciano Hang, dono da empresa Havan, anunciando promoções de aparelhos.
Em Porto Alegre, um morador flagrou um caminhão-pipa retirando água de um hidrante público, que era vendida para condomínios.Fonte: GettyImages
Além dos crimes praticados localmente, como o desvio e venda de itens doados, a reportagem mostrou alguns golpes virtuais que chamam a atenção pela habilidade de quem está praticando.
Dentre eles, os mais comuns são as vaquinhas falsas, que apelam para a comoção em torno da tragédia no estado para arrecadar milhões de reais em doações, desviadas para as contas pessoais dos criminosos.
Criminosos aproveitam tragédia no RS para lucrar com golpes virtuais.Fonte: GettyImages
A reportagem exibiu o caso de um adolescente de 16 anos em Santa Catarina, que alugou uma cobertura de luxo no valor de R$ 30 mil. Ele agia no imóvel, criando falsas campanhas de doações. Ele também criava falsos sites de compras com produtos sendo vendidos por valores bem abaixo da média, que nunca eram enviados aos compradores.
De acordo com as autoridades de SC, o adolescente e mais duas pessoas movimentavam cerca de R$ 2 milhões por dia com as ações criminosas.
O outro golpe utilizava vídeos manipulados com inteligência artificial. Neles, o empresário Luciano Hang aparece anunciando o estoque de ar-condicionado por apenas R$ 149. Todo o valor arrecadado com as vendas seria doado para as vítimas dos alagamentos.
“Utilizam a minha imagem, a imagem da nossa empresa, com inteligência artificial: a voz é minha, mas é tudo falso. Ou seja, as pessoas precisam, quando virem uma oferta muito boa, checar no site oficial da empresa ou da pessoa, e lá bater se aquela informação realmente é válida”, disse Hang ao Fantástico.
O anúncio impostor utiliza a voz real do empresário, mas é totalmente falso. Nos últimos 20 dias, mais de cinco mil consumidores deram queixa sobre o golpe.