Nesta terça-feira, durante o encerramento das celebrações do 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o alto comissário da ONU destacou exemplos que ilustram o preço de desrespeitar e negligenciar esses princípios fundamentais.
Em Genebra, Volker Turk ressaltou o momento crucial para os governos agirem e promoverem mudanças significativas. Ao dirigir-se a líderes governamentais e ativistas, ele destacou as crises, divisões, complexidades geopolíticas, agravamento das desigualdades, danos civis e a limitação do espaço cívico, descrevendo como “um mundo em chamas”.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Turk disse que devem ser encontradas áreas de convergência e assegurar uma mudança significativa nesse campo. Para o alto comissário, há 75 anos foram ultrapassadas as desavenças entre predecessores dos atuais líderes e fixados os passos que criariam as fundações da liberdade, justiça e paz no mundo.
O chefe de direitos humanos diz que agora é a vez da geração atual assumir essa tarefa “profunda e visionária” e assegurar que direitos humanos se tornem tanto o objetivo global como barreiras de proteção em favor de soluções para as questões contemporâneas mais urgentes.
Nesta terça-feira, os debates com chefes de Estado enfatizaram o futuro dos direitos humanos em áreas como paz e segurança, tecnologias digitais, clima, meio ambiente, desenvolvimento e economia.
Necessidade de gerar novas ideias
Estima-se que mais de 3 mil participantes tenham acompanhado os eventos de forma presencial e online, nos quais foi abordada a necessidade de gerar novas ideias sobre questões essenciais direitos humanos.
A concepção de uma visão para o futuro dos direitos humanos envolveu ainda a sociedade civil e defensores dos direitos humanos, líderes empresariais, desportistas, artistas e economistas.
De acordo com a ONU, o evento que marcou o ápice da campanha intitulada “Direitos Humanos 75”, visava revigorar o espírito que levou à adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O documento foi aprovado por consenso na Assembleia Geral em 10 de dezembro de 1948.