A Casa Branca condenou neste domingo (21) casos de antissemitismo em manifestações pró-Palestina ocorridas na Universidade de Columbia, em Nova York, ao longo da última semana.
“Embora todo americano tenha o direito de protestar pacificamente, apelos à violência e intimidação física direcionados a estudantes judeus e à comunidade judaica são flagrantemente antissemitas, inaceitáveis e perigosos, e não têm lugar em nenhum campus universitário, ou em qualquer lugar nos Estados Unidos“, disse Andrew Bates, porta-voz adjunto da Casa Branca, ao jornal The Times of Israel.
“Ecoar a retórica de organizações terroristas, especialmente após o pior massacre cometido contra o povo judeu desde o Holocausto, é desprezível. Condenamos veementemente essas declarações”, completou.
Mais de cem estudantes foram presos na quinta-feira (18), depois que a universidade chamou a polícia para esvaziar um acampamento de manifestantes pró-Palestina, cumprindo uma promessa feita pela reitora Nemat Shafik ao Congresso.
A decisão aumentou a tensão no campus, que vinha sendo afetado há meses por manifestações consideradas antissemitas por judeus. Após uma repressão policial violenta em 1968, que manchou a reputação de Columbia, a universidade passou por reformas e, atualmente, considera o ativismo estudantil como um dos marcos de sua cultura.
Acusações de antissemitismo têm ocorrido também em outras universidades americanas. Em janeiro, estudantes judeus apresentaram à Justiça uma denúncia em que acusam Harvard de permitir que seu campus se torne um “bastião desenfreado de antissemitismo” durante a guerra Israel-Hamas.
Em dezembro passado, o Congresso promoveu uma audiência com as então reitoras de Harvard (Claudine Gay), da Universidade da Pensilvânia (Elizabeth Magill) e do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachussets (Sally Kornbluth). A repercussão das declarações resultou na renúncia de Gay e Magill.