Alvo de um atentado em julho, o candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump teve de ser retirado às pressas após uma troca de tiros próxima do clube de golfe em que ele estava, na Flórida, neste domingo (15), de acordo com comunicado divulgado pela campanha do Partido Republicano. O FBI, a polícia federal americana, apura nova tentativa de assassinato contra o ex-presidente.
Segundo autoridades, duas pessoas estavam envolvidas no tiroteio. Não havia informações sobre a autoria dos disparos. O filho do republicano, Donald Trump Jr., escreveu na rede social X que uma arma automática AK-47 foi encontrada próximo ao local. Um suspeito foi detido.
“O FBI respondeu a um incidente em West Palm Beach, na Flórida, e está investigando o que parece ser uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Trump”, disse o órgão em comunicado.
O incidente ocorreu do lado de fora do Trump International Golf Course, em West Palm Beach, onde o republicano estava jogando golfe durante um dia de pausa na campanha presidencial, segundo a imprensa americana. O local fica próximo à sua residência em Mar-a-Lago.
De acordo com o jornal The Washington Post, agentes do Serviço Secreto levaram Trump para uma sala de espera do clube. Ele não foi ferido.
Os agentes trabalham em conjunto com o gabinete do xerife do condado de Palm Beach para investigar o caso, que ocorreu pouco antes das 14h no horário local (aproximadamente 15h em Brasília).
O episódio ocorre dois meses após Trump ser ferido numa tentativa de assassinato na Pensilvânia, em 13 de julho.
Em nota, a Casa Branca disse que o presidente Joe Biden e a vice Kamala Harris foram informados sobre a ocorrência e que ficaram “aliviados em saber que Trump está seguro”. “A violência não tem lugar na América”, escreveu a candidata democrata à Casa Branca em uma postagem no X.
A agência Associated Press informou que agentes do Serviço Secreto abriram fogo depois de verem uma pessoa armada perto do clube de golfe.
William D. Snyder, o xerife do condado de Martin, na Flórida, disse que agentes detiveram o suspeito enquanto ele dirigia para o norte em uma das principais rodovias interestaduais da Costa Leste dos EUA.
A área em que ocorreu a detenção estava fechada, e investigadores federais trabalhavam no local, de acordo com Snyder.
Em julho, Trump foi atingido de raspão na orelha direita e um apoiador do republicano foi assassinado em um atentado durante um comício. O atirador, identificado como Thomas Crooks, 20, foi baleado e morto por um agente do Serviço Secreto.
Na ocasião, o adversário de Trump na corrida eleitoral ainda era Joe Biden. Uma semana depois, o atual presidente desistiu de tentar a reeleição, abrindo caminho para que a vice-presidente Kamala Harris fosse alçada ao posto de candidata pelo Partido Democrata.
Após críticas por possíveis falhas de segurança, a então diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, entregou o cargo.