O ex-presidente dos EUA George W. Bush disse, no início da madrugada desta quinta-feira (30), que o país perdeu uma das vozes mais confiáveis e distintas em assuntos externos com a morte de Henry Kissinger.
“Eu sempre admirei o homem que fugiu dos nazistas quando criança, de uma família judia, e depois os combateu no Exército dos Estados Unidos”, afirmou. “Quando mais tarde se tornou secretário de Estado, sua nomeação como ex-refugiado disse tanto sobre sua grandeza quanto sobre a grandeza da América. Ele trabalhou nas administrações de dois presidentes e aconselhou muitos outros. Sou grato por esse serviço e conselho, mas sou mais grato por sua amizade.
Bush disse ainda que sentirá falta da sabedoria do charme e do humor do amigo. “E sempre seremos gratos pelas contribuições de Henry Kissinger.”
Winston Lord, ex-embaixador dos EUA na China e ex-assistente especial de Kissinger no Conselho de Segurança Nacional afirmou que o mundo perdeu um defensor incansável da paz.
“A América perdeu um grande defensor do interesse nacional. Perdi um querido amigo e mentor. Henry combinou o sentimento europeu de tragédia e o sentimento de esperança do imigrante americano”, disse. “Durante mais de sete décadas, ele transformou o papel da América no mundo, manteve a nação unida durante uma crise constitucional, elaborou volumes visionários, aconselhou líderes mundiais e enriqueceu o discurso nacional e internacional.”
A diplomata Cindy McCain, viúva do senador John McCain, lembrou da convivência entre os dois.
“Henry Kissinger estava sempre presente na vida do meu falecido marido. Enquanto John era prisioneiro de guerra e nos últimos anos como senador e estadista. A família McCann sentirá muito a falta de sua sagacidade, charme e inteligência”, lamentou.