O Brasil vai levar à COP38, a partir de quinta (30) nos Emirados Árabes Unidos, “um plano para financiar os países que preservem suas florestas”, como vem destacando a ministra Marina Silva e outros, da agência Xinhua ao Times of India e ao Financial Times.
“A manutenção das florestas tropicais do Brasil, da Indonésia e da República Democrática do Congo é crucial na luta contra as alterações climáticas”, sublinhou a reportagem do jornal financeiro.
Mas a cobertura ocidental da COP28 caminho para outro lado. No New York Times, “Ausência de Biden na cúpula do clima destaca seu dilema sobre combustíveis fósseis”. Ele “está enfrentando pressão interna para se concentrar na perfuração por petróleo e nos preços do gás”.
O jornal anota que “mais de cem outros líderes mundiais estão programados para aparecer em Dubai, incluindo o rei Charles, o papa Francisco, o presidente Emmanuel Macron, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro Rishi Sunak”.
Na BBC, também sobre combustíveis fósseis, “Emirados Árabes Unidos planejavam usar negociações climáticas para fazer acordos de petróleo”. Apresenta “documentos vazados”, preparatórios para reuniões bilaterais, inclusive com Marina Silva (reprodução abaixo), mas também EUA, China, Alemanha, Arábia Saudita e outros.
No caso da conversa com o Brasil, a instrução da equipe ao presidente da COP28, Al Jaber, era tentar “assegurar endosso” à proposta da Adnoc, a estatal de petróleo dos Emirados, por uma participação na Braskem, feita semanas atrás.
Segundo a BBC, a equipe dos Emirados não negou e disse apenas que “reuniões privadas são privadas”.
EUA OU CHINA
Em outra reportagem, o NYT cita “relatórios confidenciais da inteligência americana” e diz que autoridades anônimas “temem” que uma empresa de inteligência artificial dos Emirados, G42, controlada por Tahnoon bin Zayed, assessor de segurança nacional do país, “poderia ser um canal para o governo chinês”.
A G42 “trabalha com grandes empresas chinesas que as autoridades americanas consideram ameaças à segurança, incluindo a Huawei”. As autoridades anôminas dizem que, “em tecnologias sensíveis, os Emirados precisam escolher entre os EUA e a China”.
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