A seleção brasileira feminina chegou à Austrália para a Copa do Mundo, que começa no dia 20, trazendo consigo mensagem referente aos direitos humanos das mulheres.
O avião que transportou a delegação, um Boeing 787-8 Dreamliner, trazia duas frases na parte externa, em inglês: “Nenhuma mulher deveria ser forçada a cobrir sua cabeça” e “Nenhum homem deveria ser enforcado por afirmar isso”.
O islamismo prega que as mulheres devem usar em público um véu (o mais conhecido é o hijab) para cobrir a cabeça e o corpo. Trata-se de um símbolo cultural e religioso.
Além das frases com teor político, a aeronave exibia as fotos dos iranianos Mahsa Amini e Amir Nasr Azadani.
Amini tinha 22 anos quando morreu, em setembro do ano passado, sob custódia da polícia moral do Irã, país que tem predominância de muçulmanos, depois de ser detida sob acusação de violar o código de vestimenta.
Ex-jogador de futebol, Nasr Azadani, 27, detido ao participar de protesto contra o ocorrido com Amini e pelos direitos e liberdade das mulheres, foi condenado a 26 anos de prisão.
Nesta Copa do Mundo, a Fifa permitirá que as capitãs das seleções usem braçadeiras, previamente chanceladas pela entidade que comanda o futebol no mundo, com mensagens específicas –oito ao todo– que aludem a determinadas causas.
Estão entre elas “Unidas pela inclusão”, “Unidas pela igualdade de gênero” e “Unidas pelo fim da violência contra as mulheres”.
A braçadeira “OneLOve”, nas cores do arco-íris, referência direta aos direitos LGBTQIA+, não recebeu aval da Fifa (a exemplo do que aconteceu na Copa masculina no Qatar, em 2022), e se alguma capitã a utilizar será punida com o recebimento do cartão amarelo.
A seleção brasileira, que é comandada pela treinadora sueca Pia Sundhage e nunca foi campeã da Copa, estreia no Mundial no dia 24, contra o Panamá, e enfrentará também na fase de grupos a França e a Jamaica.
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