Encerrada a temporada de 2022/2023 dos clubes na Europa, é tempo de eleger a revelação entre os atacantes que disputaram os principais campeonatos no velho continente.
Não falarei do norueguês Haaland, 22, do Manchester City, que foi o maior artilheiro de uma liga nacional (36 gols), nem de Mbappé, do PSG, que pela quinta vez seguida foi o goleador do Campeonato Francês (Ligue 1), desta vez com 29 tentos.
Esses dois já são realidade no futebol, e o francês, pela idade (24) e pelo desempenho com a seleção (em Copas do Mundo, um título e um vice), pode ser considerado um veterano na comparação com gente mais jovem que está surgindo.
A novidade a ser mencionada é Folarin Balogun, apelidado por alguns de “Balogol”.
Ele é norte-americano, tem 21 anos e brilhou pelo Reims, clube que viveu grande momento em meados do século passado, com a conquista de seis campeonatos e duas copas nacionais, e faz algum tempo oscila no meio da tabela.
Na temporada terminada no dia 3 deste mês, o Reims teve dificuldade em termos ofensivos, marcando 45 gols em 38 partidas (média de 1,18 por jogo), sendo melhor nesse quesito só que cinco times dos 20 participantes do Francês –três dos quais foram rebaixados.
Assim, para não correr risco de queda e terminar na 11ª posição, o Reims contou com uma defesa satisfatória (45 gols sofridos) e com os gols de Balogun.
Dos 45 anotados pelo Reims, o atacante destro (e também bom com a canhota), veloz e magricela (1,78 m e 66 kg), fez 21, ou 47% do total. Haaland marcou 38% dos gols do Man City na Premier League e Mbappé, 33% dos do PSG na Ligue 1.
Se forem somados a esses 21 as duas assistências (passes que resultam em gol) que deu, Balogun esteve envolvido em mais da metade dos gols do Reims na competição.
Para azar do Reims, a equipe só pôde contar com seu artilheiro, que é fã do uruguaio Cavani e do polonês Lewandowski, por uma temporada. O empréstimo acabou, e ele retornará ao Arsenal.
Se o atual vice-campeão inglês não o emprestar novamente, Balogun, que tem contrato até 2025, vai encarar árdua disputa de posição, concorrendo com os também atacantes Gabriel Jesus e Nketiah.
Nascido em Nova York e filho de nigerianos radicados na Inglaterra, Balogun poderia optar por defender um de três países (EUA, Nigéria ou Inglaterra).
Nas categorias de base, atuou pelo English Team, porém decidiu-se pela seleção adulta norte-americana, talvez por considerar que a concorrência seja menos acirrada.
Apto a atuar pelo EUA após aval da Fifa, ele estreou pela seleção nesta quinta-feira (15), na Liga das Nações da Concacaf.
Vestindo a camisa 20, começou como titular e não fez gol, porém deu sorte aos americanos, que na partida em Las Vegas golearam o México por 3 a 0.
Se conseguir ir a campo com frequência no clube (no Arsenal ou em outro) e mantiver a fase goleadora daqui em diante, Balogun tem boa chance de se firmar no comando do ataque dos EUA e ser um dos astros do país que será uma das sedes –junto com México e Canadá– da próxima Copa do Mundo, em 2026.
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